Arquivos diarios: 16/12/2017

O ENTENDIMENTO (39)

.

               A segunda capacidade, segundo Kant, é o entendimento, definido como a faculdade de aplicar conceitos ás intuiçóns rexistadas na sensibilidade.  Os conceitos organizam os dados caóticos – as sensaçóns – que se precipitam no espaço e no tempo.  Son imprescindíveis para que as sensaçóns ganhem sentido.  Os conceitos son formas a priori do entendimento, isto é, son prévios á experiência.  Kant chama aos conceitos a priori “categorias”.  Para descrever estas categorias, Kant adoptou as conclusóns da lóxica aristotélica vixente no seu tempo.  Formulou doze categorias que se aplicam ao material bruto da sensibilidade para transformar as sensaçóns em percepçóns.  Schopenhauer aceita o modelo kantiano do entendimento como faculdade,  mas leva a cabo unha reduçón drástica das suas categorias.  Na realidade,condensa-as numa só; a lei da causalidade (ou, na sua linguaxem, o “princípio da razón suficiente”), segundo a qual nada é sem unha razón para que sexa.  Estabelece relaçóns de dependência entre os dados que se plasman na sensibilidade e dá-lhes sentido e coherência.  Na sua cooperaçón, sensibilidade e entendimento necessitam-se reciprocamente;  tal como diz Kant,  “os pensamentos sem conteúdo son vazios; as intuiçóns sem conceitos són cegas. (…)  O entendimento é incapaz de intuir e os sentidos son incapazes de pensar”.  É fundamental compreender que ambas as faculdades actuam em simultâneo.  Non é que primeiro se plasmem os dados sensoriais no ecrán da sensibilidade e depois os conceitos puros (ou categorias) do entendimento os organizem.  A verdade é que as percepçóns xá están categorizadas.  Em suma, Schopenhauer aceita a totalidade desta teoria do conhecimento kantiana, com três modificaçóns substanciais.

joan solé

DERIVA HISTÓRICA

.IMG_1329

  ARQUEOLOXÍA  (O PETROGLÍFO DA PENELA)

               Este monumento, non está catalogado nos rexistos oficiais.  Foi encontrado por mim, quando, nunha das solitárias e acostumadas excursóns minhas, me atopava disfrutando da unión com a nai natureza.  Depois de escudrinhar sistematicamente toda a área, levei unha grata surpressa, deparei com um importante achado, um petroglífo de calado, que fora de maneira inmiserecorde partido em várias pezas bastante grandes, para murar unha das veigas da Penela.  Non parece encontrar-se no seu lugar orixinal, pelo que seria transportado em carros de boi desde o monte.  Há no mesmo sítio dous pedazos grandotes polo menos, postos de pé para pechar o lugar. Pensara daquela, levá-lo para o Centro Cultural de Guillade, a fim de que non se perda. Mas, como parece ser, que quem manda agora no mundo son os coches, e em vez de fazer um bonito xardím com unha fonte no meio, fixeron um aparcamento todo alcatroádo. O anteriormente referido tesouro histórico, ficou no seu lugar sagrado, lonxe das miradas dos cobiçosos bingueiros.  Alá, escondido no corazón do bosque, onde o forte ruído dos infernos sociais, non logra chegar.

a irmandade circular