O MUNDO COMO VONTADE E REPRESENTAÇÓN (27) N
.
Em 1814 Schopenhauer tinha as ideias xá claras mas faltavam-lhe elementos fundamentais para estar completamente convencido da solidez do seu sistema. Primeiro teve unha intuiçon decisiva: apercebeu-se, como nunha revelaçón, de que o seu próprio corpo, o seu corpo individual, é a manifestaçón objectivada de um desexo, de unha força querente, esta força desexosa, cuxa essência é o querer, é cega, carece de conhecimento e de obxectivo consciente ou de finalidade; e non está só nele, mas em todos os seres individuais, orgânicos e inorgânicos. Em segundo lugar, Schopenhauer estabeleceu unha conexón decisiva: a compreensón de que as Upanissades, Kant e Platón se referiam á mesma realidade, que as suas noçóns, tan diversas e inconciliáveis na aparência. Tinham encaixado na perfeiçón no seu pensamento e que esta insuspeita ligaçón lhe permitia criar unha metafísica e unha teoría do conhecimento orixinais, revolucionárias, das quais se desprendiam unha estéctica e unha ética xá non coherentes ou complementares, mas consubstanciais a elas. O sistema foi forxado em cinco anos de paciente reflexón e árdua labor, como sabemos pelos manuscritos preparatórios. Só faltava pô-lo por escrito, em bom alemán, e a Schopenhauer non faltava xénio literário. No principio de 1818, ao fim de apenas um ano de escrita. “O Mundo como Vontade e Representaçón” ficou concluído.
joan solé
Esta entrada foi publicada en
Uncategorized.
Ligazón permanente.