TRISTAN TZARA E O DADAÍSMO
.
A partir de Zurique, Tristan Tzara começa a perturbar o tranquilo ambiente cultural da Primeira Guerra Mundial, com a fundaçao do movimento dadaista. Pouco depois do fim da guerra muda-se para Paris, onde é recebido com solemnidade pelos surrealistas. A leitura dos seus “Sete Manifestos Dadá” torna evidente a sua vocaçao crítica e extremista. O Manifesto Dadaísta de 1918 termina com uma secçao intitulada “Nojo Dadaísta” que é esclarecedora: “Todo o producto do nojo suscetível de se converter numa negaçao da família é DADÁ; (…) aboliçao de toda a hierarquia e equaçao social instalada para os valores dos nossos lacaios é DADÁ; (…) Aboliçao da memória é DADÁ. (…) Tzara entra para a resistência antinazi. Em 1947, filia-se no Partido Comunista Francês, de que se afastará devido á invasao da Hungria pelas forças do Pacto de Varsóvia. Deve chamar-se a atençao para o facto de o dadaísmo ter, desde o início, uma clara vocaçao política. Também em Tzara, mas sobretudo na sua vertente alema, em que artistas como John Heartfield, Richard Hulsenbeck ou George Grosz oferecem uma arte com uma clara motivaçao política, ao ponto de o dadaísmo aleman apoiar com entusiasmo o levantamento espartaquista liderado por Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht.
J. L. RODRIGUEZ GARCIA
Esta entrada foi publicada en
Uncategorized.
Ligazón permanente.