ILDEFONSO GRAÑA CORTIZO

.

               Também conhecido como “Alfonso I da Amazónia” viu a luz o cinco de marzo de 1878 em Amiudal, uma das nove aldeias do Concelho de Avión, na província de Ourense (Galiza).  O seu pái, Xosé Benito era sastre e a sua nái, Xoaquinq, labradora.  Amiudal por aquel entón era unha pobre e mal comunicada aldeia da montanha no mais agreste da xeografia galega, com vivendas que, na sua maior parte, conservavam ainda os telhados de colmo.  A doença e a fame mondavam as famílias completas obrigando a emigrar a unha grande parte dos seus habitantes, como sucedeu em outras muitas zonas da Galiza.  Muitos escolheron o Brasil, xa que o goberno deste país pagaba o pasaxe de quantos quixeram estabelecer-se neste rico e extenso lugar.  Ildefonso Graña Cortizo, sendo ainda muito novo, a fins do século XIX, emigra “ás américas”,  recalando em Belém do Pará e despois dirixe-se a Manaus, trasladando-se posteriormente a Iquitos (Perú), onde aparece documentado em 1910 e alí trabalha em vários ofícios inclusive o de “seringueiro”.  Após a “críse da borraxa”, o seu espírito aventureiro o levou a “desaparecer da civilizacion” dirixindo-se ao mais apartado da selva onde habitavan os temíveis indios do continente americano, os Xíbaros.  Segundo o relato de Emílio Rosendo:  “Graña internou-se na selva acompanhado de um amigo e vecinho (…)”   Outros autores defendem versions diferentes, uns que foi raptado polos indios para casar-se com a filha do xefe, ó falecer este, quedou el como “Rei dos Indios Xíbaros”;  mentras que outros sostenhem que Graña matou a outro patrón e refuxiou-se entre os indios aguarunas onde foi bem recibido casando-se com unha india.

 

               Cesáreo Mosquera conta, com todo o luxo de detalhes, como rescata a um aviador que caiu na selva;  como o embalsama e traslada, posteriormente, a Iquitos trás quase dous messes de viaxe; também, como saiu em auxilio d’unha expedicion que se encontrava perdida e sem víveres na selva e como fai de guía á Standar Oil, á Standar California nas suas exploracions pola selva em busca de petróleo ou em missions científicas como foi o caso da Latin Expedition…   e também relata o que aprendeu dos indios sobre plantas, venenos…  e os mistérios da selva amazónica.  Así como a classe de barcos que podian navegar por aqueles rios, calado, etc…   Todas estas informacions eram enviadas a Madrid, ó capitán Iglesias Brage para facilitar-lhe os preparativos da sua futura “Expedicion Iglesias ó Amazonas” e graças a isso e á meticulosidade do capitán que arquivou estes e outros documentos nos permite hoxe resgatar estas valiossíssimas informacions com as que documentamos a vida de Ildefonso Graña.

 

maximino fernandez sendín

.

Deixar un comentario