Arquivos diarios: 21/04/2017

ALFONSO I REI DOS XÍBAROS

.

               Alfonso Graña, o galego que reinou entre as tribus Xíbaras do Alto Maranhon.  Dominaba, o único ser branco habitante da selva, nunha zona comprendida entre os rios Nieva, Santiago e Alto Pastaza;  unha extension como a Andalucia, Extremadura e Castela a Nova, xuntas.  Povoada pelos indios mais indómitos do Continente, os temíveis Xíbaros, disecadores de cabezas, magos e xigantescos guerreiros,   Pese a que em vida, contara com um cronista de primeira ordem como Victor de la Serna,  que na palestra pública se encargou de proxectar resenhas literária e descriptivamente admiráveis…  “como um emigrante procedente de unha brumosa aldeia agrícola e pastoril das montanhas da Galiza, sem apenas conhecimentos, sem saber leer e escribir, chegou a ensenhorear-se de um territorio equivalente a meia Espanha, convertindo-se na primeira referência da autoridade entre as tribus Xíbaras, até ó ponto de merecer o título que lhe conferiu Victor de la Serna de “Alfonso I da Amazônia, rei dos Xíbaros?”…    Que dúvida cabe, que de levar-se a cabo a expedicion que foi tumbada pela Guerra Civil espanhola, a figura e o reconhecimento de Alfonso Graña houvera proxectado toda a sua grandeza…   Tamém contribuiu á liquefaccion histórica de Graña a sua morte prematura… pois non deixou unha mínima infraestructura orgánica capaz de dar continuidade á sua obra.   Unha simbiose entre o mundo dos Xíbaros e o mundo “civilizado”, mantendo o respeito polos usos, costumes e cultura nativos, aportando aqueles aspectos prácticos da “civilizacion” que melhor contribuiram ó desenvolvimento das tribus autóctonas…   os Xíbaros, tan impermeáveis á penetracion occidental, foram ensenhoreados por um emigrante inculto e analfabeto, que por outra parte non era senon emisário de sí mesmo.   Non estaba respaldado por ningúm poder, nim político nim corporativo, non contava com um equipo humano, nem sequera com unha força física que o fixera temível.   Unicamente contava com o seu instinto e a sua astúcia,  uma personalidade que era poderosa e peculiar.   Mesurado, parco em palabras mas definitivas e resolutórias, bom administrador dos seus silêncios,  habilidoso para encontrar a melhor solucion ante situacions extremas.  Os tan temidos Xíbaros o veneravam e até as autoridades peruanas e equatorianas, e as corporacions internacionais, tinham que contar com a autoridade de Alfonso Graña para poder desenvolver-se dentro desse território.

 

ángel maldonado vita

.