.
Que a espessa folhagem da sexualidade nao nos impeça de vislumbrar com clareza o bosque da psicanálise! Recapitulemos brevemente antes de prosseguirmos. Até agora, examinámos de que maneira a psicanálise se estabeleceu, no início, como uma forma de terapia para tratar os doentes de neurose, e como, a posteriori, se tornou numa completa teoria filosófica do sujeito (sobre a estructura da mente e os fundamentos principais da acçao humana, determinados quase por completo por instâncias inconscientes). Contudo, Freud desejava continuar a saciar esse impulso humano, e tao genuinamente filosófico, que é a curiosidade intelectual; foi, entao, que, por fim, dirigiu o seu perspicaz olhar para a cultura. O nosso autor viu que as suas teses psicanalíticas, para lá da realidade concreta do sujeito, podiam ser elevadas a uma dimensao cultural e, até mesmo, histórica; começou a entrever que a psicanálise nao só prometia a compreensao profunda da natureza humana, como também a possível resoluçao de muitos dos mais inquietantes enigmas da cultura e da sua evoluçao. O seu modelo teórico podia enraizar-se nos mais diversos campos do saber social e humanístico – a história, a antropologia, a sociologia e, inclusive, na teoria da arte -, e dar novos e deliciosos frutos. Na primeira década do século XX, Freud começou a interpretar a sociedade no seu conjunto a partir dos mesmos estractos e forças que compareciam no sujeito. Foi assim que “Eros e Thanatos”, a “libido”, os processos de repressao ou o “Supereu”, desta vez sumamente reverberados, apareceram de novo em cena. Conforme esta linha de pensamento, era possível entender a evoluçao cultural dos povos, desde as origens até á forma actual, tendo em conta a evoluçao psíquica do sujeito, desde o nascimento até á sua configuraçao adulta.
marc pepiol martí
Publicado en Uncategorized
.
– Fentos que lle tendes
medo aos autos
– Fentos que lles temos
medo ao lume
– Non gustades
desta charla, xa vexo
– Non gustamos,
gustamos da man
que nos aloumiña
co sangue da comprensión
– O voso talo medra quente
– E no outono fala ruibo escuro.
francisco candeira
Publicado en Uncategorized