
ENRÍQUEZ GÓMEZ, Antonio (Segovia, 1600-1663). Novelista, poeta e autor teatral da escola de Calderón, conhecido também como “Fernando de Zárate” que regressou do exílio em França, por volta de 1649 e foi autor das obras teatrais “Quien habla más obra menos” e “El valiente Campuzano”, reeditadas em 1858. O seu pai foi xudéu português, Diego Enríquez Villanueva. Enríquez Gómez tivo que escapar de Espanha a causa da perseguiçón relixiosa. Estabeleceu-se em França, onde publicou grande parte da sua obra. Chegou a ser secretário do rei Luis XIII. Nos seus libros ataca os excésos da Santa Inquisiçión. Ao regressar, foi queimado em esfíxie em 1660 e depois arrestado polo Santo Tribunal, em cuxas masmorras morreu. A sua poesía apareceu pola primeira vez em “Academias morales de las Musas” (Burdeos, 1642), com quatro obras de tipo calderonianas totalmente insubstanciais: “Contra el amor no hay engaños”, “Amor con vista y cordura” e “A lo que obliga el amor”, que foi editada xunto com “Celos no ofenden al sol”, a quarta destas obras (BAE, vol. XLVII). Escrebeu também outras vintiduas obras baixo o seu nome, ningunha das quais tenhem demasiado valor, pois carecem de orixinalidade, tanto na temática como no estilo. Algúns dos seus poemas resultam interesantes, sobre tudo no uso da metáfora, aprehendida de Góngora. “Sansón Nazareno” (Ruán, 1656) é um poema heróico em quatorze cantos no qual segue o estílo ao uso. Algunhas pasáxes de “La culpa del primer peregrino” (Ruán, 1644; 2ª ed. ampl. com mais sonetos) e “El pasajero” (Madrid, 1735) resultam surprehendentes. A sua obra mais celebrada é a novela satírica “El siglo pitagórico y vida de don Gregorio Guadaña” (Ruán, 1644), a última parte é unha inserçón de tôn picaresco, que se publicou sem a primeira em 1854.
OXFORD