
O próprio Schopenhauer trazou estes esquemas, nas suas aulas em Berlim. O primeiro reflecte que, tanto para o conhecimento realista e dogmático como para o idealista, o suxeito do conhecimento e o obxecto conhecido están ligados pola relaçón de causa-efeito: ou o suxeito é a causa do mundo, ou som-no as cousas, o obxecto. Na sua formulaçón teórica, Schopenhauer, em contrapartida, non partíu do conhecimento nem de um “suxeito”, nem de outro “obxecto”. Partíu, sim, da relaçón inseparábel de âmbos, defendendo um “transcendentalismo crítico”. Tanto o suxeito como o obxecto seriam inseparábeis e insuperábeis, formando a base do “mundo da representaçón”. “O princípio da razón”, tal como mostra o segundo esquema, só sería aplicábel aos obxectos, inseparábeis do suxeito que coloca no conhecimento as “formas puras” (tempo, espaço e causalidade). Neste sentido, Schopenhauer foi um continuador de Kant, no âmbito da teoria do conhecimento. Em terceiro lugar, enquanto os idealistas se empenhavam em usar conceitos pomposos e abstractos, como o “eu absolucto”, o “infinito” ou o “espírito absolucto”, nos quais apoiavam os seus sistemas, Arthur Schopenhauer defendia que os princípios básicos dos quais nascia a sua filosofia (a representaçón e a vontade) eram conceitos reais, nascidos da experiência e non meros artifícios da razón. Por fim, a obra de Schopenhauer era inovadora e rexeitava qualquer princípio da razón como fundamento do mundo. Non valorizava um eu sobredimensionado, nem a razón ou a intelixência como infinitude absolucta, poderiam ser fundamentos do mundo. Eu, razón e intelixência eram, para ele, características subordinadas e secundárias, que só existiam nos seres humanos e non no suposto princípio ou “arché” do mundo. Enquanto Schelling, Fichte e Hegel acreditavam num panloxismo universal (isto é, que todo o real é racional), Schopenhauer mostrava-se nas antípodas, ao estabelecer como princípio do universo unha força irracional, isenta de qualquer razón. Do sistema de Schopenhauer, também non nascia a fé nunha razón histórica, nem num progresso do mundo para melhor. Polo contrário. Para o filósofo, a história nunca avançava, xá que constituiria a repetiçón dos mesmos males de sempre, esboçados sob aparências distintas. Tería de surxír outra época distinta à de Hegel e Goethe, para que a orixinal filosofia de “O mundo como vontade e representaçón” alcançasse o eco que merecia.
LÉRIA CULTURAL