
Esta ideia conduz a unha visón do universo que difére profundamente do conceito tradicional e que nos esíxe modificar a maneira em que pensamos a história do universo. Para fazer predicçóns em cosmoloxía necessitamos calcular as probabilidades dos diferentes estados do conxunto do universo no presente. Em física, normalmente supôn-se algúm estado inicial para o sistema e, fai-se evolucionar no tempo mediante as equaçóns matemáticas adequadas. Dado o estado do sistema num instânte, intenta-se calcular a probabilidade de que o sistema esté num certo estado diferente, em instânte posterior. A hipótese habitual em cosmoloxía é que o universo tem unha história, única, bem definida e que se pode utilizar as leis da física para calcular como essa história se vai despregando com o tempo. Chamamos a isso o “método ascendente” (“de baixo arriba” ou “bottom-up”) de tratamento da cosmoloxía. Mas, como debemos tomar em consideraçón, a natureza quântica do universo, expressada pola “suma de Feynman” sobre histórias, a amplitude de probabilidade de que o universo se encontre agora num certo estado particular, consegue-se sumando as contribuiçóns de todas as histórias que satisfacem a “condiçón de ausencia de bordes” e que terminam no estado em questón. Noutras palabras, em cosmoloxía non deberíamos seguir a história do universo “de baixo arriba”, porque supôn que há unha só história, com um ponto de partida e unha evoluçón bem definidos. Em vez disso, debería-se trazar a história descendente (“de arriba abaixo” ou “top-down”) para atrás, partindo do instânte actual. Algunhas histórias serám mais probabeis que outras e a suma total estará dominada normalmente por unha só história que começa com a criaçón do universo e culmina no estado que estamos considerando. Mas, haberá diferentes histórias para os diferentes estados possíbeis do universo no presente. Isso conduz a unha visón radicalmente diferente da cosmoloxía e da relaçón entre causa e efeito. As histórias que contribuiem à “suma de Feynman” non tenhem unha existencia autónoma, senón que dependem do que se mida. Assím pois, nós criámos a história mediante as nossas observaçóns, em lugar de que a história nos críe a nós.
STEPHEN HAWKING E LEONARD MLODINOW
