
Rozalia era a menor de cinco irmáns e nascéu o cinco de Março de 1870. A sua família vivía entón em Zamoscz, unha pequena cidade polaca dentro da gobernaçón de Lublin, que contaba entre os seus habitantes com um grande número de xudeus. Entre eles, o comerciante de madeiras Elias Luksenburg, pái de Rozalia. Naquela época, Polonia só existia como país nas cabeças e nos corazóns da sua xente. A consequência de varias guerras, a Polonia fora desmembrada xá a finais de século XVIII entre os seus vecinhos, Russia, Austria e Prussia. Tanto Zamoscz como Varsovia, encontrabam-se na Polonia russa. Rozalia cresceu como cidadán russa. O rexíme autocrático do zar, non conhecía Constituiçón nem Parlamento. O povo cargaba com unha burocracia inchada e corrupta, que afogaba todo intento de rebelión. A Ojrana ou polícia secreta do zar infundía o máximo temor. Aquel que se rebelara podia ser enviado para trabalhos forzados em Sibéria, à mazmorra de unha fortaleza, para non voltar nunca mais, ou à forca, sem xuíço e por acto sumário. Os polacos nunca se tinham resignádo à incorporaçón ao império ruso. Rebelións violentas azotarom varias vezes a todo o país. A última insurreiçón de 1863 tinha tído como consequência que, por um lado, aumentara a pressón das autoridades rusas, mas ao mesmo tempo que a burguesía polaca obtivéra maior marxem para expandir a sua economia: unha xogada intelixente no tabuleiro, pois a partir de entón, boa parte da burguesía começou a cantar non xá os prohibídos himnos polacos, mas “Deus salve ao nosso zar”. A ambiçón de riqueza acabou por suprimir as ânsias de revoluçón. “Era a época das lâmpadas de gas (escrebe Isaac Bashevis Singer, cuxas novelas evocam a Polonia de entón), a época em que os polacos finalmente se resignarom à pérda da sua independência e se inclinárom a unha espécie de positivismo nacional. A Polonia começou a desarrolhar-se como país industrial; forom construídos ferrocarris, as fábricas abrirom as suas portas e as cidades crescerom a passos axigantados. Os xudeus, que até 1863 acostumabam viver em guetos, começarom a ter um papel de importância na industria polaca, e no comercio, nas artes e nas ciênças. Todas as ideias do espírito e o intelecto que triumfam na modernidade tivérom a sua orixe no mundo daquela época: socialismo e nacionalismo, sionismo e asimilaçón, nihilismo e anarquismo, ateísmo, o debilitamento dos vínculos familiares, o amor libre e até os inicios do fascismo.”
MARIA SEIDEMANN