
Se alguns artigos de Albert Einstein (1879-1955), ou de Erwin Schrödinger (1887-1961), se podiam comparar a unha composiçón de Mozart, cheios de inspiraçón, mas, com unha lóxica interna esmagadora. O artigo de Planck, publicado em 1901 nos “Annalen der Physik”, parece unha peça de “jazz”, e a fórmula que se encontra nele, pola primeira vez na história, unha improvisaçón xenial. Nunha carta redixida para R. W. Wood trinta anos mais tarde, Max Planck reflecte sobre este trabalho e qualifica o que tinha feito como um “acto de desespero”: “Tinha andado a debater-me com o problema do equilíbrio entre a matéria e a radiaçón, durante seis anos (desde 1894) sem nenhum êxito; sabia que o problema era de importância fundamental em física; conhecia a fórmula que reproduzia a distribuiçón especial da enerxia; tinha de encontrar unha interpretaçón teórica a qualquer preço, non importaba o alto que fosse.” Quando se viu forçado a admitir a relaçón, considerou-a unha suposiçón puramente formal e non pensou muito nela. O importante era que o tinha conduzido à expressón que procuraba. Nos anos seguintes, vários físicos chamaram a atençón para as consequências radicais dessa inocente suposiçón. “Ainda há muitas cousas bonitas sobre a Terra e grandes cousas por fazer. O valor da vida é determinado, no final, pola forma como é vivida. Por isso, um indivíduo retorna sempre ao seu deber de seguir em frente e de mostrar aos seus entes mais queridos o mesmo amor que gostaría de receber para si próprio.”
ALBERTO TOMÁS PÉREZ IZQUIERDO