
A resposta da elite espartana foi a construçón de unha sociedade fortemente militarizada, pensada única e exclusivamente para a guerra e para a violência, como forma de conservar o poder e assegurar a submissón do pobo “hilota” conquistado. Um conxunto fundamental nessa estratéxia de sobrevivência era desempenhado polo sistema educativo da cidade, a famosa “agogê”. Com apenas sete anos, os xovens espartanos eram separados dos pais, para serem integrados nunha espécie de academia militar estatal, onde toda a educaçón era encaminhada no sentido de fazer deles temíbeis guerreiros, insensíbeis à dor e aos sacrifícios. Ali eram treinados para o combate e suxeitos a castigos extremos e penosas condiçóns de vida: protexidos com um simples manto, que deberia servir tanto para o inverno como para o vrán, sendo-lhes fornecida a comida estrictamente necessária para a sua sobrevivênça, xá que deberiam procurar o resto por sua própria conta e risco. Outra curiosa instituiçón era a da “Cripteia”, à qual pertenciam apenas os melhores: abandonados em localidades periféricas, com recursos limitados e armados com um punhal, os esparciatas podiam roubar e assassinar legalmente os “hilotas” com os quais se cruzaram, para poderem testar a eficácia da própria formaçón militar. Além da vida de quartel durante a infância e xuventude, a sociedade espartana era rexída através de um conxunto de medidas pensadas para promover o sentimento de coesón e pertença entre os membros dos “homoioi”. Todo e qualquer cidadán partilhaba mesa com os restantes membros do seu departamento e, no papel, a riqueza estaba prohibida para evitar que surxissem disparidades e que fixéssem desaparecer a rixidés das costûmes. Chegárom a prohibir o uso de moedas de ouro e prata e, em Esparta, apenas as de ferro eram permitidas, fazendo assim da cidade um destino pouco apetecíbel para mercaderes e comerciantes. Também a procriaçón e a natalidade foram albo da atençón lexislativa, algo lóxico para um Estado que descansaba sobre um pequeno grupo de populares e que fazia da guerra a principal actividade: assegurar o fornecimento de novos e bons soldados era unha questón crucial. Assim, as crianças que, ao nascer, apresentassem algunha deficiência ou fossem considerados de constituiçón fráxil eram deixadas morrer, ou atiradas do alto do monte Taígeto.
E. A. DAL MASCHIO