
¡¡Ae Victis!! exclamou o celta, ébrio de orgulho polo triunfo alcanzado. “Se tán duras palabras se pronunciarom entón, com farto rigor se espiárom”, afirma um escritor moderno (Arbois de Jubainville), porque forom depois os eternos vencidos e non os abandonou a desgraça. Estivérom como afogados baixo o peso das razas dominadoras, até com o advento à vida pública das clásses populares, cuxo núcleo forman, recobraron o seu antigo nome e as suas perdidas forças. Ao grande silêncio que os rodeia, à sombra que os cubría, sucederom as predilecçóns de que som obxecto. Se os interroga e estuda: as tradiçóns, a poesía, as leis e a relixión celtas, os recônditos mistérios e especiais prácticas, surxem poderosas do esquecimento em que tenhem estado sumidas durante séculos e recuperam a sua perdida predominância sobre os espíritos. “A antiga raza céltica encerra nas entranhas um princípio de vitalidade tal, que da caducidade a devolve para a xuventude, non morre e fai que dure desde as primeiras idades” (Cailleus). Non, nem morta, nem esquecida, nem de todo vencida, antes pronta para nova vida. Informa a sociedade moderna, infiltra-lhe o seu cerne, e dá-lhe aquel vigor próprio dos homes da sua raza, que tudo converxa num punto, e tenda a reconstruir aquel poderoso império céltico, que o historiador encontra estabelecido na Europa no século IV antes da nossa era. Porque… ¡vingadoras xustiças do tempo! em todos os labios se escuta unha alabanza e em todos os corazóns presente-se a sua victória. Xá hoxe começa; os que antes dominarom, sufrido o doloroso cautiveiro, voltam á dominaçón. E os que forom tídos em pouco e tratádos como alheios, voltan a non ser contados. Até aquela primitiva sabedoría e fecunda vida intelectual que trouxérom consigo da comarca paradisíaca que regam os “sete ríos lexendários”, depois de florecer baixo estes céus de Occidente, volta pola mesma rota que tráxo para iluminar com seus raios as cansadas rexións onde, sendo delas orixinários, se desconhecem. O fogar mudou de sítio; a raza céltica mantívo vivo o seu fogo; é a primeira, pola sua extensón, polo seu grande instinto, por haber sído nái amantíssima dos principais pobos europeios.
MANUEL MURGUÍA