
Mas unha cousa é o ideário e outra a sua realizaçón efectiva. Para Hegel, a questón non está nos excessos revolucionários, nem sequer no imperialismo revolucionário do qual a Alemanha é víctima ( vimos que Hegel assume tudo isso com um pouco mais do que simples estoicismo). O assunto é profundo e reflecte unha concepçón que hoxe sería difícil de defender por um filósofo sem que fosse apelidado de antidemocrata. Nem o advento de unha sociedade libre significa que a moralidade prevaleça (ou sexa, que os indivíduos deixem de estar dominados por pulsóns e interesses contrários ao interesse xeral), nem o triunfo da razón impede que os indivíduos sexam pasto da estultícia. Por isso, é preciso que o ideário da revoluçón sexa corrixido, o que no contexto do pensamento hegeliano significa “superado”, transcendido nunha nova síntese: sim à liberdade do que há de racional em cada um; sim aos direitos do home e do cidadán; um non radical a que os próprios indivíduos se erixam em garantes de tais direitos. O poder de todos tornar-se-ia o poder de ninguém. Se um Estado é necessário, isso debe-se à impossibilidade (digamos ontolóxica) de tornar compatíbel a liberdade efectiva e a democracia directa. Para Hegel, non há liberdade sem princípio que a dirixa, que a garanta…, pondo cada um no seu sítio. O Estado hegeliano sería aquele onde cada cidadán se reconhece no “reino das leis”… garantido por um único (monos) princípio ou poder (arche): “monarquia”, como momento de síntese em que a palabra “Estado” adquiriria pleno sentido; monarquia, para além disso, singularizada para Hegel num lugar e num príncipe concretos: o rei da Prússia. Porém, esta última questón non significa que o coceito hegeliano de monarquia se possa reconhecer sempre na de um hierarca empírico e submetido às continxências da história… Obviamente, non existe para o monarca hegeliano um destino como o de Luís Capeto. “Quando o monarca sucumbe, a maxestade real non morre sozinha…”, dizem os versos de Shakespeare. E, de facto, tudo o que xá está espiritualmente morto foi varrido na França revolucionária. Hegel considera o monarca sucumbido como um momento de negatividade, portador de unha promessa: a da nova conciliaçón como expressón política da harmonia da razón consigo mesma. Para o indivíduo Hegel, esse estado implicaria “a paz do dogmatismo mais absolucto”. Quando o mencionado Victor Cousin se refere a Hegel nestes termos, non o faz com a menor intençón peiorativa. A paz alcançada é aquela na qual um home rigorosamente fiel ao seu príncipe, em quem vê o símbolo de unha Alemanha libertada da tirania revolucionária, fala aos seus alunos sobre a significaçón da revoluçón e do seu vínculo com a filosofia nos exaltados termos que se seguem: Desde que o Sol está no firmamento e os planetas xiram em seu redor non tínhamos visto o home tomar como base a sua cabeça, ou sexa, o pensamento, e construir a realidade à imaxem desta. Anaxágoras foi o primeiro a dizer que a intelixência governa o mundo, mas só agora é que o home chegou a reconhecer que o pensamento debe governar a realidade espiritual. Assim, aquela foi unha magnífica aurora. Os seres pensantes celebraram conxuntamente esta época. Unha emoçón sublime reinou em tal momento, um entusiasmo do espírito fez estremecer o mundo, como se só entón se tivesse acedido à reconciliaçón efectiva do divino e do humano.
VÍCTOR GÓMEZ PIN