
Unha clara postura céptica, bem como unha crítica dos conceitos metafísicos (Deus, mundo, alma) cuxo conhecimento se debe à errónea aplicaçón do princípio da causalidade. Kant xá disse que Hume teve o mérito de despertar do seu “sono dogmático” através da crítica radical aos princípios fundamentais da metafísica. Porém, a postura céptica de Hume non implica unha indecisón permanente sobre os temas cruciais da epistemoloxía ou unha rendiçón inxénua debido à impossibilidade de alcançar a verdade. A sua postura está mais próxima do significado etimolóxico do termo “céptico” (a saber, “aquele que indaga com atençón”). Ele mesmo convida a que se continue a pensar “porque, em suma, pensar é, no iluminismo, viver e axudar a viver bem; xá non como procura ou conquista do absolucto”. Polo caminho, Hume deixou feridas de morte à filosofia racionalista e à metafísica, e foi um passo mais além de Locke. Neste último, como referimos, produziu-se um distanciamento inicial a respeito do racionalismo: o ponto de partida para o pensamento xá non som os conceitos da razón, mas os dados dos sentidos. Hume defendeu, além disso, que estes non proporcionam um conhecimento certo e fiábel, mas meras impressóns. E o princípio da causalidade, imprescindíbel para o racionalismo, non tem valor algum por non ser mais do que unha consequência do hábito psicolóxico. Sem o princípio da causalidade, os pilares do velho edifício metafísico começam a estilhaçar-se até à sua ruína definitiva polas máns da filosofía kantiana.
LUIS ALFONSO IGLESIAS HUELGA













