
O pensamento tem de se concretizar finalmente na ideia de “proxecto”, unha vocaçón insubstituíbel para certos valores e actitudes que também depende da existência de um proxecto nacional comum: de modo parecido à ágora grega, os cidadáns têm de se unir (non só no sentido figurado, mas também realmente) para levarem a cabo um proxecto de maneira solidária. A solidariedade, por sua vez, baseia-se na esperança de realizar essas aspiraçóns. Ortega non pensa apenas no indivíduo, mas também, e sobretudo, no exercício conxunto de unha xeraçón, que se concretiza, afinal de contas, nunha rede comum de opinións que se encaminha para unha determinada direcçón. Ou sexa, que se traduza nunha atençón primária polo âmbito social. É por isso que a rexeneraçóm política passa polo necessário diagnóstico dos males existentes e por unha proposta concreta de soluçóns, em que Ortega insistirá em duas obras tán díspares como próximas: as “Meditaçóns do Quixote” e “A Rebelión das Massas. Como referia na primeira delas, “quando se reúnem alguns espanhóis sensibilizados com a miséria ideal do seu passado, a sordidez do seu presente e a acre hostilidade do seu porvir, desce entre eles Dom Quixote”, paradigmático modelo da coherência social espanhola. Comentando esta passaxem, um dos mais egréxios discípulos de Ortega, o professor e pensador Julián Marías (autor de unha conhecida e edificante “História da Filosofia” que escrebeu ainda muito novo), assegura que “Dom Quixote é o vínculo no qual os espanhóis coincidem e a chave do seu destino comum, aquela forma que, por transcender das amarguras pessoais, permite a compreensón da circunstância comum, ou sexa, saber a que suxeitar-se em relaçón a si próprios”.
CARLOS JAVIER GONZÁLEZ SERRANO