
A primeira emanaçón do “Uno” corresponde ao “Nous”, o pensamento ou espírito, que apreende de forma imediata e simultânea todas as Ideias, contidas nele indivisivelmente. O “Nous” é, pois, eterno e atemporal, mas inclui xá, no seu seio, o princípio da multiplicidade. Do “Nous” procede a Alma, um princípio incorpôreo que constitui o vínculo entre o mundo suprassensíbel e o dos sentidos: a parte superior da Alma orienta-se para o “Nous”, enquanto a inferior se orienta para o exterior, produzindo o mundo fenoménico da mudança e da corruptibilidade a partir de unha imaxe ou reflexo das “Ideias do Nous”. Non há dúvida de que a “metafísica de Plotino” está lonxe de ser plenamente compreensíbel. Mas se a despirmos das suas roupaxens místicas e das diversas emanaçóns que a adornam, há unha série de pontos essenciais que convém reter. No essencial, os diferentes níveis do ser concebem-se como unha hierarquia única que, a partir de um único Princípio transcendente e indefiníbel, desce até à matéria. Esse processo de descida implica, em paralelo, unha perda de perfeiçón, de vigor no ser, mas que em nenhum caso é o resultado da acçón ou presença de um princípio diferente. Tudo provém de Deus. Recorrendo à analoxía entre Deus e a luz, tán apreciáda polos platónicos, poderíamos dizer que os níveis inferiores brilham com menor intensidade, som cada vez mais escuros, por estarem mais afastados do “Uno” e non porque exista algo como a “escuridón”; a escuridón non é um princípio ou substância independente, mas simplesmente a mera “privaçón” de luz. Vexamos agora que implicaçóns teria o pensamento de Plotino na evoluçón do pensamento cristán, em xeral, e agostiniano, em particular. Continuando com o aparente xogo de palabras com que abrimos esta parte, convém lembrar que Aurelius Agustinus (e o cristianismo) foi muito mais um “platónico plotiniano” do que um “platónico platónico”.
E. A. DAL MASCHIO