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Se é inegábel a influênça de Freud na comprehensón de nós mesmos como suxeitos movidos por obscuros desexos inconscientes, também teremos de reconhecer que a sua influênça nas artes visuais contemporâneas foi particularmente significativa e fecunda. Em primeiro lugar, encontramos Freud na arte de vanguarda, concretamente no “surrealisno”, um movimento artístico que, em rigor, situaríamos entre os anos 1924 e 1945. Se algunha cousa caracterizava os pintores e os escritores “surrelistas” era a sua enérxica reivindicaçón da liberdade criativa. Fixérom tudo o possíbel por fuxir do anquilosado modo de vida burguês e por conquistar outros mundos completamente inverossímeis a partir da estreita órbita da lóxica racional. A sua reivindicaçón era o ilóxico, o orixinal, o estranho, o desconexo. De facto, nos seus escritos e pinturas respirava-se unha atmôsfera tán irracional, orixinal, extranha e desconexa como o sonho. Non debe surprehender-nos, pois, que André Breton, reconhecido como o pai do “surrealismo”, reivindicasse, em repetidas ocasións, a figura de Freud como precursora ideolóxica do movimento. “Quando chegará, senhores lóxicos, a hora dos filósofos dormentes?”.
MARC PEPIOL MARTÍ