
EGUREN, José María (Lima, 1874-1942) Poeta e pintor peruano. Home de possibilidades económicas, foi criádo no campo, aínda que adquiríu âmpla experiência da vida urbana. Escrebeu sobre âmbos modos de vida, com igual confiança nunha linguáxe de asombrosa orixinalidade. É o poeta peruano mais importante depois de César Vallejo. O seu primeiro libro, “Simbólicas” (1911), dá a errónea impressón de que estaba baixo a influênça dos poetas simbolistas franceses, quando de feito utilizaba palabras mais polo seu valor musical, que polo seu significado. Influíu intensamente ao grupo experimentalista “Colónida”, que começou a reunir-se em 1916 e no qual estabam: E. Bustamante y Ballivián, A. Valdelomar, A. Hidalgo e J. Parra del Riego. O seu segundo libro foi importante: “La canción de las figuras” (1916), e as suas “Poesías” (1929) reúnem a sua poesía mais antiga e a sua aínda mais impressionante obra nova. Românticas no sentido clássico da linguáxe e às vezes simbolistas na expressón, as suas “Poesías completas” (1952), forom reimpressas em 1961 e em 1970, com unha selecçón de prosa. A obra non poética foi recolhida no volûme “Motivos estéticos” (1959). R. Silva Santiesteban editou as suas “Obras completas” (1974). Um tema constante da sua poesía é a cidade de Lima e os seus arredores. Usa abundantes neoloxísmos, num alarde de criatividade, mas isto non obstaculiza a apreciaçón da suavidade dos seus poemas oníricos, que ofertam extranhos pensamentos e repentinas metamorfoses, que tán bem forom aceitadas polos surrealistas peruanos, cuxa cabeça é sem dúvida César Moro.
OXFORD