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Semanas mais tarde, de volta à cidadezinha de New Hampshire onde moro, fiz estas perguntas a John Thorstensen, um astrónomo da Faculdade de Dartmouth. “Non, non”, disse ele, rindo. “Notícias desse xénero espalham-se à velocidade da luz, tal como a destruiçón, portanto acabaría por saber delas e morrer ao mesmo tempo. Mas non se preocupe, porque non vai acontecer.” Para a explosón de unha supernova nos matar, explicou, era preciso estarmos “ridiculamente perto” (talvez à distância de dez anos luz, ou cousa parecída). “O perigo seriam os vários tipos de radiaçón” (raios cósmicos e outras cousas do xénero). Estes produziriam auroras fabulosas, cortinas iridiscentes de unha luz assustadora, que encheriam o céu todo (o que non sería nada bom). Qualquer cousa com potência suficiente para produzir tal espectáculo, podería muito bem fazer rebentar a magnetosfera, a zona magnética situada muito acima da Terra que nos protexe dos raios ultravioleta e outras ameaças cósmicas. Sem a magnetosfera, alguém que tivesse a infelicidade de se expor à luz do Sol ficaría rapidamente com a aparência de, digamos, unha “pizza” demasiádo cozida. A razón pola qual podemos ter practicamente a certeza de que um evento desses non acontecerá no nosso recanto da galáxia, afirmou Thorstensen, é que, para começar, é necessário um tipo específico de estrela para produzir unha supernova. Terá de ter dez ou vinte vezes a massa do nosso Sol, e “non temos por perto nada desse tamanho. Afortunadamente, o universo é grande”. A única estrela que podería candidatar-se a esse tipo de acontecimento, acrescentou, é Betelgeuse, cuxas proxecçóns intermitentes parecem indicar que se passa qualquer cousa de instábel e, consequentemente, interessante. Simplesmente, Betelgeuse está a cinquenta mil anos luz de nós. Em toda a história rexistada até hoxe, hoube apenas meia dúzia de vezes em que supernovas suficientemente próximas puderom ser vistas a olho nu. Unha foi em 1054, quando unha explosón deu orixem à Nebulosa Caranguexo. Outra, em 1604, produzíu unha estrela tán brilhante que pode ser vista em pleno dia, durante mais de três semanas. A mais recente foi em 1987, quando unha supernova brilhou nunha zona do cosmos, conhecida como Grande Nuvem de Magalháns, mas o fenómeno quase non foi vissíbel da Terra, e o pouco que se viu foi apenas no hemisfério Sul. Mesmo assim, tudo se passou à confortábel distância de 169 mil anos-luz.
BILL BRYSON