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O testemunho mais antigo da força evoluctiva da espécie humana remonta aos restos fósseis recuperados nos primeiros locais de ocupaçón nos continentes e ilhas do planeta. À medida que, há mais de cinquenta mil anos, os seres humanos dispersaram de África e se espalharom polo mundo, as comunidades às quais se xuntáram começarom a mudar. Espécies de animais, sobretudo de grande porte, entre os quais os vombates xigantes, rinocerontes lanosos e preguíças xigantes, começaram-se a extinguir. Os nossos antepassados eram predadores eficientes, armados com tecnoloxías exclusivamente humanas: ferramentas que aumentavam as probabilidades de unha caçada bem sucedida e melhoravam a capacidade de comunicar e de as aperfeiçoar depressa. A coincidência temporal das extinçóns da megafauna e do surximento de seres humanos está gravada nos rexistos fósseis de todos os continentes, excepto em África. Esta coincidência, porém, non proba necessariamente unha relaçón de causalidade. Na Europa, na Ásia e nas Américas, a chegada dos seres humanos e as extinçóns da megafauna local ocorreram durante períodos de axitaçón climática, o que levou a décadas de debate acerca da relativa culpabilidade dessas duas forças nas extinçóns da megafauna. A proba da nossa culpabilidade provém, no entanto, da Austrália, onde as primeiras extinçóns ligadas aos seres humanos están rexistadas, e de ilhas, onde ocorreram algunhas das extinçóns antropoxénicas mais recentes: a moa de Aotearoa (na Nova Zelândia) e o dodó da Maurícia, foram extintos nas últimas centenas de anos. As extinçóns australianas, bem como outras mais recentes em ambiente insular, non ocorreram durante períodos de grandes alteraçóns climáticas, nem correspondem a extinçóns rexistadas durante eventos climáticos mais antigos. Em vez disso, estas extinçóns, como as de outros continentes, som consequência de alteraçóns no “habitat” local causadas polo aparecimento da espécie humana. Na nossa primeira fase de interaçón com a vida selvaxem, começámos logo a determinar o destino evoluctivo das outras espécies. Há quinze mil anos, os seres humanos entrarom nunha nova fase de interaçóns com as outras espécies. Os lobos cinzentos, que forom atraídos para os assentamentos humanos por constituírem fontes de alimento, transformaram-se em cáns domésticos, e os cáns e os seres humanos estavam a tirar proveito do seu relacionamento cada vez mais próximo. Quando terminou a última era glacial e o clima melhorou, a expansón dos assentamentos humanos esixía fontes fiábeis de alimento, roupa e abrigo. Há perto de dez mil anos, os seres humanos começarom a adoptar estratéxias de caça que mantinham as populaçóns de presas, em vez de as levar à extinçón. Alguns caçadores escolhiam apenas machos ou fêmeas non reproductivas e, mais tarde, começarom a encurralar espécies de presas e a mantê-las perto dos seus assentamentos. Non tardou a que as pessoas começaram a escolher os animais que seriam os proxenitores da seguinte xeraçón, destinando à alimentaçón aqueles que non conseguiam domesticar. As suas experiências non se limitaram aos animais. Também lançarom sementes à terra, optando por propagar as que produziam mais alimento por planta ou que amadureciam e estavam prontas para a colheita ao mesmo tempo que outras. Criárom sistemas de rego e usárom os animais para trabalhar as terras destinadas à agricultura. À medida que os nossos antepassados faziam a transiçón de caçadores para pastores e de recolectores para agricultores, transformarom a terra onde viviam e as espécies das quais dependíam cada vez mais. Na viraxem do século XX, o sucesso dos nossos antepassados como pastores e agricultores ameaçava a estabilidade das sociedades que tinham criádo. As terras selvaxens forom substituídas por terras de cultivo ou pastáxens e acabarom degradando-se por um uso abussívo e continuádo. A qualidade do ar e da água começou a mermar. O rítmo de extinçón galopou. Desta vez, porém, a devastaçón resultou mais evidente, as pessoas estabam mais ricas e a tecnoloxía era mais avançada. À medida que espécies outrora difundidas começárom a escassear, apareceu a vontade de protexer as restantes espécies e espaços naturais. Unha vez mais, os nossos antepassados entrárom nunha nova fase de interaçóns com as outras espécies: tornaram-se protectores, preservando “espécies e habitats” ameaçados dos perígos dum mundo cada vez mais humano. Com esta transiçón, os seres humanos tornaram-se a força evoluctiva que irá decidir o destino de todas as espécies, bem como os “habitats” onde essas espécies vivem.
BETH SHAPIRO