
Hume estaba convencido que, para abordar esta questón dos princípios da moral, sería necessário elaborar um catálogo de virtudes, de qualidades ou características que determinassem o mérito individual, para, a partir desse catálogo, poder procurar os príncípios xerais que dele emanassem. A elaboraçón desse catálogo non é propriamente difícil, pois possuímos dous recursos que poderán, de facto, facilitá-la. Em primeiro lugar, podemos questionar-nos sobre as qualidades que gostaríamos que os outros nos atribuíssem. Dito de outra forma, “qual sería a imaxem que gostaríamos que se proxectasse de nós próprios?” Importa salientar que Hume non se refere às qualidades que nós gostariamos de possuir, mas antes às qualidades que gostaríamos que os outros vissem em nós, o que é completamente diferente. Pode dar-se o caso de alguém que non sinta nenhuma vontade em ser honrado, nem xusto, nem honesto e, na verdade, non se importa de o non ser, desde que isso o benefície; mas, sem dúvida, preferirá que os outros lhe atribuam essas qualidades. Ou melhor, talvez non se importe de ser um cobarde, mas o normal é que, perante os outros, prefira ser visto como coraxoso. No que diz respeito ao segundo procedimento para elaborar o nosso catálogo de virtudes, Hume observa que a própria natureza da linguaxem pode guiar-nos neste nosso empenho: Como qualquer língua apresenta um conxunto de palabras que som usadas no bom sentido e outro conxunto que é usado no sentido oposto, a mínima familiaridade com a língua será suficiente para, sem qualquer fundamentaçón, nos guiar na tarefa de recolher e classificar as qualidades estimábeis e repreenssíbeis dos homes.
GERARDO LÓPEZ SASTRE