.

Tras largas e renhidas contendas, foi necessário, para atalhar os progressos da nova doutrina, reunir no ano 380 um concílio em Zaragoza. A el assistirom dous bispos de Aquitânia e dez das espanhas, entre eles Idácio, que firma em último lugar. Excomulgados forom por este sínodo os prelados Instancio e Salviano e os laicos Helpidio e Prisciliano. Os oito cánones de Zaragoza promulgados o quatro de Outubro da dita era, únicos que hoxe conhecemos, mais se referem à parte externa da herexía que aos seus fundamentos dogmáticos. O primeiro veda às mulheres a predicaçón e ensíno, de igual maneira que a assistência a licçóns, prédicas e conventículos “virorum alienorum”. O segundo prohíbe xexuar, por persuassón ou superstiçón, em Domingo, nem faltar à igrexa nos dias de quaresma, nem celebrar obscuros ritos nas cavernas e nos montes. Anatematizou-se no terceiro aquel que receba na igrexa e non consuma o corpo eucarístico. Ninguém se pode ausentar da igrexa (afirma o quarto) desde o dezaseis das calendas de Xaneiro até ó dia da Epifania, nem estará oculto na sua casa, nem irá à aldeia, nem subirá aos montes, nem andará descalzo… sob pena de excomunhón. Ninguém pode arroxar-se o título de doutor, fora de aquelas persoas a quem foi concedido. As virxens non serán veladas antes dos quarenta anos. Tenha-se em conta todas estas modificaçóns, que utilizaremos em lugar oportuno. Agora basta fixar-se na existência de conciliábulos mixtos de homes e mulheres, no sacrílego fraude com que muitos recebíam a comunhón e a ensinanza confiáda a legos e mulheres, como na seita dos agapetas. De outro canone deu xá memória Sulpicio Severo: o que prohíbe a um bispo receber a comunhón o excomulgado por outro; copia textual de um dos decretos de Ilíberis. Contra o ascetismo que afectabam os priscilianistas é arremessado o sexto, que aparta da Igrexa ao clérigo que, “por vaidade e presunçón de ser tído em mais que os outros, adoptase as regras e austeridades monásticas”. Firman as actas Fitadio, Delfino, Eutiquio, Ampelio, Augencio, Lucio, Itacio, Splendonio, Valerio, Symposio, Carterio e Idacio. A notificaçón e cumprimento do decreto que excomulgaba aos priscilianistas com expressón dos seus nomes, como textualmente afirmam os Padres do primeiro concilio Toledano, confiou-se a Itacio, bispo ossonobense, na Lusitânia, a quem temos de guardarnos de confundir com Idacio o de Mérida, a pesar da semelhança dos seus nomes e doutrinas e vecindade de obispados. Non se tinha mantído constante na fé o bispo de Córdoba Higino, que fora o primeiro em dar alarma contra os priscilianistas; antes prevaricou com eles, razón para que Itacio o excomulgase e depusse-se, apoiádo no decreto conciliar, sem que saibamos os motivos da caída do prelado bético, natural non obstânte, dentro das condicçóns da humana fraqueza, e non difícil de explicar, se acreditamos que Prisciliano era tán eloquente e persuassivo como nos descrébem os próprios enemigos. Se com a deposiçón de Higino perdiam um bispo, outro pensarom ganhar os gnósticos Instancio e Salviano, elevando anticanónica e tumultuariamente á cadeira de Avila o seu corifeo Prisciliano, persuadidos do non leve apoio que as suas doutrinas alcanzaríam se armassem com a autoridade sacerdotal a aquel heresiarca hábil e manhoso. Redobrarom com isso a perseguiçón Idacio e Itacio, empenhados em destrozar a mala semênte, e acudirom (parum sanis consiliis, afirma Severo) aos xuízes imperiais. Estes arroxárom das igrexas a alguns priscilianistas, e o mesmo emperador Graciano, nessa altura reinante, deu um rescripto em 381 que intimaba ao desterro “extra omnes terras” aos herexes da Península. Cederom algúns, ocultárom-se outros, mentras passaba a tormenta, e pareceu dispersar-se e desfacer-se a comunidade priscilianista.
MARCELINO MENENDEZ PELAYO