ECHEGARAY, Miguel (Quintanar de la Orden, Toledo, 1848-1927). Autor teatral. Irmán de José Echegaray. A primeira obra que estreou foi “Cara y cruz” (1864) e de alí em diante, formou parte do trío de libretistas do “género chico” mais famoso do seu tempo. Os outros dous membros forom Vital Aza e Miguel Ramos. Os seus libretos mais famosos som “El dúo de la Africana” (1893), “Gigantes y cabezudos” (1898) e “La viejecita” (1898). Foi elexído membro da Real Academia em 1913.
ECHEGARAY, José (Madrid, 1832-1916). Autor de melodramas que dominarom a escena espanhola desde 1875 até 1905. Matemático e enxenheiro de profissón, ao fim da sua vida foi ministro de Finanças e fundador do Banco de España. Começou a escreber obras teatrais no exilio, quando contaba quarenta anos. Acadou êxito com a sua primeira obra “El libro talonario” (1874), escríta baixo o pseudónimo de “Jorge Hayaseca”. Trata-se de unha comédia de salón na qual unha enxenhosa esposa pón em apretos a um marido infiel. Depois escrebeu algo mais de sessenta obras, algunhas forom êxitos extraordinários e outras completos fracassos. Echegaray herdou o arrastre popular que em seu dia tívo Tamayo e a mesma nefasta influênça sobre os seus contemporâneos, imitadores e seguidores. A sua versificaçón carece de encanto; as suas personáxes acartonadas e as grotescas situaçóns às que as conduz, som resolvidas de maneira inverossímil e violenta. A sua única virtude é que consegue dar às suas obras um ar de mistério e consegue manter a atençón do público até ao final da obra. Por isso os seus melodramas em verso com tema histórico, conseguirom resistir melhor o paso do tempo que as outras obras e talvés por isso também foi situádo erróneamente dentro do romantismo espanhol. As suas obras mais famosas som: “En el puño de la espada” (1875); “O locura o santidad” (1877); “El gran galeote” (1881), que trata das consequências funestas das murmuraçóns; “Dos fanatismos” (1888); “El hijo de Don Juan” (1892), na qual se nota a influênça do Ibsen dos “Espectros”; “Mariana” (1892); “Mancha que limpia” (1895); “La duda” (1898); “El loco Dios” (1900); e “La fuerza de arrastrarse” (1905). Ganhou o Premio Nobel de Literatura em 1904. As mais âmplas edicçóns das suas obras som: “Obras dramáticas escogidas” (1884-1905, 12 vols.) e “Teatro escogido” (1955; 2ª ed., 1959). Também escrebeu “Algunas reflexiones generales sobre la crítica y el arte literario” (1894), “Cuentos” (1912) e a autobiografía “Recuerdos” (1917, 3 vols.).