
Ponho de parte algúns scépticos, o tipo honroso na história da philosophia: quanto ao resto, ignoro as esixências primárias da probidade intelectual. Todos fazem o que as mulheres, essas grandes enthusiastas, esses animais maravilhosos, que tomam logo os sentimentos “bellos” por argumentos, o “peito levantado”, por um folle de ferreiro da divindade, a convicçón por um “critério” de verdade. Ao termo dos seus dias, Kant, na sua innocencia “alemán”, procura tornar scientífica, sob o conceito de razón práctica, esta forma da corrupçón, esta falta de consciência intelectual: inventou expressamente unha razón “ad hoc”, em cuxo caso non tem unha pessoa que acupar-se da razón, isto é, quando a moral, quando a sublime esixência “tu debes” se faz ouvir. Se considerarmos, que em quase todos os pobos, o philosopho non passa do desenvolvimento do tipo sacerdotal, non surprehende esta herança do sacerdote, esta falsa amoedaçón ante si mesmo. Quando se tenhem deberes sagrados, por exemplo, tornar os homes melhores, salvá-los, redimí-los, se traz a divindade no peito, quando se é o porta-voz dos imperativos supra-terrestres, se encontra alguem com semelhante missón, fora de todas as avaliaçóns puramente conformes á razón –santificada unha pessoa por semelhante tarefa! Tipo de unha xerarchia superior!… Que importa a sciência a um sacerdote! Encontra-se excessivamente alto para ella! — E o sacerdote “reinou” até aqui! Era elle quem determinava os conceitos “verdadeiro” e “falso”!
FRIEDRICH NIETZSCHE