
Depois de estar meditando, tudo o acontecido, entrelazando os feitos do dia em que démos rédea solta à nossa imaxinaçón, elaborando um mural de significádo ecoloxista. Cheguei a escoxitar a maneira de dizer a certa xente que, quando se está elaborando algo criativo, pensa-se únicamente no que nesse momento tu gostas ou enxergas, independentemente da significaçón política que cada um lhe queira dar. Muitos dos que alí estábamos pintando, chegamos a sentir certo constranximento repressivo, debído a certas estructuras craniais de algúns vecinhos que transmitidas pola vía da infância, chegabam até nós. Frases despectivas como: “que vais a pintar aí comunistas”! Insultos do tipo ordinário, ou inclúso unha patada. Sabído é que a infância é a melhor idade para aprender, debido à faculdade da imitaçón. Quando se referíam a nós, non só falavam com as palabras mas também com as caras. As suas caras, deixabam constância do que eles tinham presenciádo. Non comprehendo, como albergabam a valentia de plasmar nas suas mentes obtusas, sentimentos que van alterar a normalidade das suas vidas. Eles, que por natureza só pensam em divertir-se, de que outra maneira poderíam receber unha obra, feita em pleno século XX à vista de todo o mundo. Esperemos, que quando prossigá-mos com o desenho, se nos trate como personas humanas.
G. PASCUAL (PUBLICADO EM “A PENEIRA” – ANO I 1984)