
O dia quatro de Xaneiro de 1927, a minha querida nái fuxíu com a dor, e escapou para Mondariz. Foi ao médico, e logo passou por xunto da sua irmán María. De regreso visitou a senhora Tomaza, e vem pola Esquerência (Cumiar), apousentando-se alí uns dias para fazer algúns remédios caseiros. A dor dezía-se, que algo lhe passára. Chegou o dia sete (Segunda feira), polas nove cinquenta da tarde, moribunda. O dia dez de Xaneiro de 1927, pola tarde, apeteceu-lhe beber vinho branco. Mandou-me traer um pouco à noite, e tán pronto o bebeu a dor foi mortal. O dia vinte de Xaneiro (Domingo) de 1927, mi madre dixo que fosse a San Medrián a xunto da Chiva, para que lhe busca-se a vida. Eu, por non dar um grande passeo, fún à Senhora Tomaza, que vinha a ser o mesmo. Neste dia o Ferreiro de San Martinho prestou-me unha tarraxa, había tempo que me doíam os brazos (unha dor desconhecida). O dia vintioito de Xaneiro de 1927, neste dia déron-me unha untura de ruda no brazo, e ao momento me passou, para depois aumentar e estacionar, mas de modo algúm cesou a dor. O dia 13 de Febreiro de 1927, saím de madrugada por ordem da minha nái, e fún ó Porrinho buscar unha purga de “contra-malefacto”, que era feita nunha botica que se dedicaba a estes medicamentos. Também a minha senhora nái atestaba que lhe tinha que fazer bem. Aproveitei, para mercar um torno de relóxeiro por seis pesetas, a um fulano do lugar. O Brazo em que déra a untura, estaba exânime e a dor passara para outras partes, retornando logo para o brazo, por vezes ainda mais pontiaguda. O desgraçado dia, para mim tán triste do 15, “ego facit conjunctionibus con ovileus parturienta sit h. 11,30 post, dicitur mater mea aquan fers sit vivam”. Como a minha querida nái tinha um bocabulário e unha forma de falar, que era unha autêntica barbaridade. Algunhas vezes, por culpa disso, eu me desesperaba e a tratába mal. Com desdem, e algunhas vezes ainda pior.
MANUEL CALVIÑO SOUTO