
O passo decisivo seguinte no desenvolvimento do platonismo dar-se-ia quinhentos anos mais tarde pola mán de Plotino, um filósofo nascido no Exípto, nos princípios do século III d. C. e que daria orixem ao que parece quase um xogo de palabras: o “platonismo plotiniano”. Acima da multiplicidade das “Formas” dos obxectos da nossa experiência, Plotino coloca o “Uno ou Deus”, o “Ser” absoluctamente transcendente, princípio e fundamento de todas as cousas que, como tal, está para lá de todas elas. Do “Uno” non se pode pregar nada positivamente (dizer que o “Uno” é isto ou aquilo, assim ou assado), xá que isso significaria introduzir unha dualidade entre substância e accidente que é imprópria do “Uno”, que é pura unidade. Se dixéramos que o “Uno” é vermelho, para dar um exemplo, estaríamos a afirmar que existe algo como a “vermelhidón”, que é diferente do “Uno” e dele se aparta. Do mesmo modo, non lhe podemos atribuir pensamento, vontade nem actividade, pois todas estas faculdades reduzem, igualmente, a unidade do “Uno” (xá que introduzem unha diferença entre suxeito e obxecto do pensamento, ou da vontade, ou da acçón). Tudo o que podemos afirmar do “Uno” é que é o ser e, em qualquer caso e apenas de forma analóxica, que é o Bem. Entón, como pode este Princípio último transcendente dar razón dos obxectos individuais da nossa experiência? Para responder a esta questón. Plotino estabelece “unha hierarquia do ser”, em que os diferentes níveis da realidade se remetem, em última instância, para o “Uno” como resultado de um processo de “emanaçón”. Partindo do pressuposto de que o menos perfeito provém do mais perfeito e de que toda a natureza produz aquilo que lhe está imediatamente subordinado, do “Uno” imutábel “emanam”, em sucessón, unha série de níveis de realidade através dos quais, à medida que se desce na escala do ser, se introduz a multiplicidade e a mutabilidade.
E. A. DAL MASCHIO