
Afirma Hume que existe unha ordem nos nossos conhecimentos, graças à qual a mente tende de forma natural a estabelecer vínculos associativos, mediante os chamados “princípios ou leis de associaçón”, que permitem que as ideias se unam unhas com as outras para dar sentido aos nossos pensamentos. Estes princípios ou leis som três: “A lei da semelhança” afirma que a nossa mente tende a associar ideias que têm parecenças entre si e que passamos de unha ideia a outra semelhante com grande facilidade, como demonstra o facto de a fotografia de unha pessoa nos fazer pensar nela. “A lei da contiguidade espaciotemporal” estabelece a existência de unha ordem temporal e espacial nas nossas percepçóns. Graças a ela formamos ideias complexas. Se olhamos para um obxecto, vemos folhas, ramos, um tronco…; todas estas percepçóns acontécem xuntamente com outras tanto no tempo como no espaço. Se repetimos esta experiência, cria-se em nós unha disposiçón para reproduzir a ideia complexa de “árbore”. Finalmente, a “Lei da causalidade” determina que, após estabelecer unha contiguidade espaciotemporal entre dous factos de maneira contínua, a nossa mente possui a predisposiçón para as relacionar, fazendo com que a ideia de causa recorde a do efeito e vice-versa. Assim, a ideia de “fogo” evoca a de “fumo” e a de “fumo”, por sua vez, relaciona-se com a de fogo. Estes princípios que associam as impressóns permitem estabelecer dous tipos de conhecimento. Em primeiro lugar, o conhecimento que relaciona ideias a partir do “princípio da semelhança”: conhecimentos universais, próprios da matemática e da lóxica (“dous mais dous som quatro”). Aliás, existe um conhecimento de factos que só se pode dar na experiência e que depende dos outros dous princípios, “o da contiguidade espaciotemporal” e o da “causalidade”. Non há nenhum inconveniente quando este tipo de conhecimento depende da sua percepçón mediante a relaçón de tempo e espaço. O problema surxe quando o conhecimento dos factos se apoia na causalidade. Recordemos que para o “racionalismo” a relaçón de causa e efeito era unha “ligaçón necessária” inquestionábel, que recebia o nome de “princípio de causalidade”. Como xá vimos, segundo este princípio, se conhecemos a causa podemos deduzir o efeito que se seguirá, e vice-versa: conhecido o efeito, a razón pode chegar à causa que o produz. Mas essa “ligaçón necessaria” entre a causa e o efeito procede do costûme e do hábito, xá que a observaçón de que dous fenómenos se produzem um a seguir ao outro leva-nos a crer nessa relaçón necessária. Se observamos, por exemplo, o choque entre duas bolas de bilhar, a única cousa que observamos é que as bolas están próximas e que o movimento da primeira é anterior ao da segunda. Só existe contiguidade e sucessón, mas non causalidade. Para Hume, o “princípio da causalidade” só é válido se proceder da experiência, e non temos nenhuma experiência da causalidade. Unha ideia é verdadeira se existir unha impressón que lhe corresponda, e nenhuma impressón corresponde à ideia de “ligaçón necessária”, porque ninguém pode descobrir os efeitos de unha cousa sem a experiência. “Adán non teria podido deduzir do calor o fogo que poderia abrasá-lo”, diz Hume.
LUIS ALFONSO IGLESIAS HUELGA