
Aristóteles non suporta sequer a ideia de vazio e por isso nem sequer concebe a questón de que a Terra non caia no vazio. A estabilidade do planeta Terra explicar-se-ia pola sua teoria dos lugares naturais, que non posso aquí, nem sequer começar a esboçar. Contudo, o nosso problema non é agora a crítica de Aristóteles aos seus predecessores, mas a batalha que se se dá no seio destes. O discípulo, Anaximandro, parece ganhar ao mestre, Tales; a hipótese da água como suporte cosmolóxico perde peso, e a conxectura de um espaço vazio como enquadramento vai ganhando pontos… provisoriamente. “O profundo é o ar”. “Som, mais, estou. Respiro / O profundo é o ar.” (Jorge Guillén). Veio-me à mente, ao iniciar este subcapítulo, a recordaçón das peças de Eduardo Chillida, evocadoras do poeta Jorge Guillén e realizadas com a intençón de mostrar que o alabastro, além de ser translúcido, respira no seu interior, suxerindo, assim, que o ar vivifica o coraçón da matéria. Se no profundo vemos o fundamento, entón “o profundo é o ar” soaría como algo mais do que unha bela metáfora aos ouvidos do pensador de que agora vou tratar. Aos nomes de Tales e Anaximandro, a escola xónica acrescenta o de Anaxímenes (550 – 480 a. C., aproximadamente). Aristóteles (que antes de abordar as suas próprias hipóteses, tem sempre o escrúpulo de sintetizar o que era defendido polos seus predecessores), no seu tratado “Sobre a Xeraçón e a Corrupçón”, alude a Anaxímenes, ao considerar a “doutrina dos elementos”: “Com efeito, entre todos os que concebem os corpos simples como “elementos”, uns postulam um, outros dous, outros três, outros quatro. Aqueles que afirmam que há apenas um e, em consequência, concebem a xeraçón das outras cousas, como acontecendo por condensaçón e a rarefaçón do mesmo, som levados a estabelecer dous princípios, o raro e o denso, ou o quente e o frio -estes som, de facto, os princípios de ordenaçón, ao passo que o elemento único, subxaz como matéria.”
VÍCTOR GÓMEZ PIN