
Esta é outra figura da alienaçón no trabalho, menos divulgada talvés, mas mais essêncial em Marx, que nos axudará a resolver unha pergunta obrigatória: dado que o home non pode escapar ao trabalho, poderá libertar-se da alienaçón? O que equivale a dizer: pode pensar-se num trabalho isento de alienaçón? Postulamos que o trabalho está unido à condiçón humana, à sua subsistência, que passa sempre pola “apropriaçón da natureza”. O home non pode viver sem a natureza na sua dupla determinaçón: como “ser biolóxico”, pois dela obtém os “víveres”, e como “ser humano”, cuxa essência se realiza actuando nela, obxectivando-se, ou simplesmente pensando-a. A natureza, portanto, non só é “fonte de víveres” como o “obxecto” em que o home actua, cria ou sonha. O trabalho, como relaçón peculiar com a natureza por mediaçón de instrumentos, tem essa dupla funçón; assegurar-lhe a “subsistência” e a “essência”, permite-lhe viver e levar unha “vida humana”, transformar a natureza e fazer-se a si mesmo. Portanto, diz-nos Marx, o trabalho é ao mesmo tempo unha apropriaçón da natureza (meio de subsistência do home) e “unha intervençón criadora” na mesma (meio de realizaçón humana). Non há trabalho sem acesso a esse obxecto exterior, se se cortar a relaçón directa do home com a natureza; em consequência, o acesso à natureza, o acesso aos meios naturais, é condiçón da possibilidade do trabalho. Se se rompe esse vínculo, o home fica desprovido tanto do seu “meio de subsistência” (de tal maneira que ficará subordinado a quem lhe facilite os ditos meios), como do “meio de realizaçón da sua essência” (o empobrecimento ontolóxico, unha vida inautêntica). Marx é radical na sua tese: sem o vínculo imediato do home com a natureza, non é possíbel unha “vida humana”. Ninguém se salva. O amo, enquanto amo, pode sobreviver sem relaçón imediata com a natureza, unha vez que se relaciona com ela de forma indirecta, através do servo, ao qual fica subordinado à sua maneira; pode sobreviver, pode levar unha existência de amo, mas non unha “vida humana”, pois, ao ter abandonado o vínculo imediato com a natureza, perdeu o meio de se realizar a sí mesmo. A dialéctica hegeliana do amo e do servo, continua viva em Marx.
JOSÉ MANUEL BERMUDO