
Um poder exterior, de facto, mas o único no qual se condensavam os ideais de liberdade e racionalidade entón existentes. Isto pode explicar que Hegel tivesse colaborado com a administraçón napoleónica durante a sua estada em Bamberg. Os abusos da administraçón e do exército napoleónicos, non bastariam para manchar a causa de unha Revoluçón que tinha tirado os povos da infância e tinha libertado os indivíduos do temor paralisante perante a morte. Nunha carta a Christian Gotthilf Zellmann, de 23 de Xaneiro de 1807, Hegel escrebe: “Graças à sua revoluçón, a naçón francesa foi libertada de instituiçóns, que o espírito humano tinha superado xuntamente com a sua infância, e que, por conseguinte, pesavam sobre ela como absurdos grilhóns, além disso, o indivíduo librou-se do medo da morte, bem como do bulício quotidiano da vida, a que a mudança de circunstâncias tirou toda a solidez. Eis o que dá a força que a naçón francesa exibe perante as outras. A naçón francesa intervém sobre as vistas curtas e a apatia daquelas que, obrigadas por fim a abandonar a sua indolência em prol da realidade, sairán de unha para entrar na outra, e talvez (tal como a profundidade íntima do sentimento se realiza no exterior) superar o seu mestre.” “Superar o seu mestre”. A expressón-chave. O canto à naçón francesa que decapita um monarca, tem que conduzir ao elóxio de unha Prússia encarnada no seu príncipe. Depois de Waterloo e da queda de Napoleón, na Baviera a reaçón católica toma as rédeas do poder. Hegel, que lamentou publicamente a desgraça da “alma do mundo”, sente-se pouco seguro, por ser público o seu menospreço polo catolicismo, unha relixión na qual, na sua opinión, non se podia estabelecer nas leis o conceito de liberdade como razón. Vimos que Hegel se muda entón, primeiro, para Heidelberg e, depois, para Berlim, onde ocupa a cátedra de Fichte em Outubro de 1818.
VÍCTOR GÓMEZ PIN