
Em 1987, Saul Perlmutter, do Laboratório Lawrence Berkeley, na Califórnia, precisando de encontrar mais supernovas, das que era possíbel detectar visualmente, tentou encontrar um método mais sistemático para o fazer. Inventou um sistema enxenhoso que se servia de computadores sifisticados ligados a dispositivos electrónicos (essencialmente, câmaras dixitais topo de gama) e automatizou a busca de “supernovas”. Os telescópios passaram assim a tirar milhóns de fotografias, enquanto um computador detectava os pontos brilhantes que denunciavam a explosón de unha supernova. Com esta nova técnica, Perlmutter e os seus colegas de laboratório conseguiram encontrar 42 supernovas em cinco anos. Agora, até os amadores conseguem encontrar supernovas com dispositivos electrónicos. “Com estas enxenhocas, pode apontar-se um telescópio para o céu e ir tranquilamente ver televisón”, comentou Evans com um toque de tristeza. “Todo o romantismo se perdeu”. Perguntei-lhe se estaba tentado a adoptar a nova tecnoloxía. “Oh, non, gosto muito mais da minha maneira. Além disso”, indicou com o olhar unha fotografia da sua mais recente supernova, e sorriu, “de vez em quando ainda lhes ganho.” A questón que naturalmente se prantexa é: “O que aconteceria se unha estrela explodisse perto de nós?” A nossa vizinha celestial mais próxima é, como xá vimos, Alfa de Centauro, que dista de nós 4,3 anos-luz. Se houbesse unha explosón, tardaríamos teóricamente 4,3 anos-luz, para ver por primeira vez essa magnífica luz, que se espalharía polo céu fora, e acabaría com todos nós qual anxo exterminador. ¿Que acontecería, se tivéssemos quatro anos e quatro meses para saber de unha catástrofe inevitábel, que avança na nossa direcçón, e quando finalmente chegasse, nos deixaría reduzidos a cinzas? ¿Será que as pessoas continuaríam a ir trabalhar? ¿Os agricultores a cultivar os campos? ¿Ou alguém a entregar os productos nos super-mercados?
BILL BRYSON