
Na primeira parte do chamado papiro de Berlím, o texto mais longo, Corina descrebe um concurso de canto entre os Montes Helicón e Citerón. Este canta a história hesiódica da ocultaçón de Zeus a Cronos. Ganha, e o Helicón, com infantil frustraçón, arroxa ó aire unha rocha, destrozándo-a em mil pedaços. Non obstânte, nunha reconstruçón recente, os dous competidores som heróis míticos, Helicón e Citerón; Helicón non lanza unha rocha, senón que se lanza a si mesmo pola ladeira da montanha, e da sua morte toma o Monte Helicón o seu nome. Um mito etiolóxico deste tipo, mais tem um aspecto helenístico que arcaico. Depois de um grande espáço de texto barbaramente mutilado, o papiro continua com um diálogo entre o deus rio Asopo, em dôr polas suas filhas, e o profeta Acraifen, que tranquiliza a Asopo sobre o destino das mesmas e conta a história do templo oracular de Apolo, situado no Monte Ptoon, perto de Tebas. No terceiro fragmento, o de mais recente descobrimento, Corina fala em primeira pessoa e conta o prazer que deu à sua cidade com as lendas dos heróis beocios como Céfalo e Orión. Parece que se limitou a mitos beocios. Incluso o seu Orestes ( se os poucos versos que se conservam se lhe podem atribuir) parece que tívo um escenário beocio, probabelmente a presença de Orestes num rito de primavera de Apolo em Tebas. A pesar do pouco familiar dialecto vernacular beocio, o estilo de Corina resulta lúcido e sinxélo. Utiliza cláusulas curtas e frases paratácticas. Há poucas metáforas e poucos tropos de qualquer tipo. A narrativa tem unha viveza e um fresco encanto que suxére a poesía folklórica. Há toques de humor: os elaborados procedimentos de votaçón no Olimpo ou possibelmente a grotesca antropomorfizaçón do Monte Helicón “presa de duras dores” quando lançou a sua rocha, grunhindo “penosamente”. Utiliza uns poucos epítetos compostos do tipo que nos é familiar por Baquílides; mas aparte de “engatusando com altos tôns”, non som especialmente rebuscados (“de mente artesana”, “brilhante como o ouro”, “vestida de branco”). Os seus metros som sinxélos e regulares, um feito que pode suxerir arcaísmo, ou, à inversa, a simplificaçón métrica do período posterior. Dada a sinxelêza do estilo de Corina e as suas restriçóns materiais, resulta interesante, por non dizer enigmático, que conseguíra cinco victórias (unha com Pausanias), sobre tudo esta, contra o seu brilhante concidadán beocio.
P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)