
Non som muitos os dados que temos sobre os primeiros anos da vida de Plotino, o fundador do neoplatonismo, que tanta influênça tería nas formulaçóns teolóxicas dos primeiros Padres da Igrexa e, muito em particular, no pensamento de Santo Agostinho. Sabemos que nasceu no Exípto, província romana desde os finais do século I a. C., por volta do ano 203 ou 204 d. C., e que na sua xuventude foi para Alexandria, onde estudou filosofia baixo a orientaçón do grego Amónio Sacas. Em 242, alistouse na expediçón de Gordiano III à Pérsia, que acabou com o assassinato do próprio imperador, víctima de unha conxura interna depois da derrota sofrida na batalha do Eufrates. Non regressou da sua aventura oriental, que lhe serviu decerto para tomar contacto com a filosofia persa e indiana, Plotino foi para Roma, xá quarentón. Alí, fundou unha escola com a qual obteve um enorme e rápido sucesso, tornando-se unha das figuras mais destacadas da intelectualidade romana. Durante esses anos, o pensador dedicou-se a um dos seus mais curiosos proxectos: a construçón, na Campânia, de Platonópolis, unha cidade de filósofos na qual tinham de ser materializados os princípios de governo formulados por Platón em A República. Consta que chegou a contar, inicialmente, com a aprovaçón do imperador Galiano mas, por motivos que desconhecemos, o proxecto acabou por ser abandonado. A ideia sería, posteriormente, ridicularizada… (…). Plotino manteve-se na capital do Império, quase até à sua morte, rodeado por um crescente séquito de discípulos e das mais diversas personalidades, que se dirixiam a ele em busca de axuda ou conselho. À marxem do seu prestíxio intelectual, as informaçóns que nos chegaram retractam-no como unha pessoa bondadosa e amábel, que tinha por hábito acomodar crianças órfans na sua casa e ocupar-se da sua educaçón. Aflixido por unha saúde fráxil, a morte surprehendeu-o em 269-270, no seu retiro da Campânia, acompanhado polo seu amigo e médico Eustóquio, a quem dirixíu as suas últimas palabras: “Esperaba ver-te antes que o que há em mim de divino me deixe para se unir com o Divino no universo”. O seu discípulo mais famoso foi Porfírio, que conheceu o mestre quando este contaba xá com sessenta anos. Foi precisamente Porfírio o encargado de ordenar e reunir os escritos de Plotino, que agrupou em seis libros, de nove capítulos cada um, motivo polo qual passarom à história baixo o nome de “Enéadas”.
E. A. DAL MASCHIO