
A percepçón de que o universo é um organismo bem estructurado, constitui unha premissa comúm de grande parte da filosofia grega, incluindo os pensamentos de Platón e Aristóteles. A especificidade da visón estoica é a de que o princípio intelixíbel e intelixente, “logos” ou Deus, se encontra plenamente presente em todas as cousas do universo e non lhe é transcendente, como som as Formas ou Ideias platónicas, ou como a divisón aristotélica entre as esferas celestes (com um “Primeiro Motor” que é um ente racional e a causa última de todas as cousas) e o mundo sublunar. O estoicismo non postula a existência de universos externos desligados das cousas particulares, antes, vê nesses mesmos universos e nas suas combinaçóns múltiplas a verdadeira ordem universal. Esta visón da existência e da ordem xeral da natureza teve um precedente na história da filosofia anterior: Heraclito de Éfeso, escrebeu sobre o “logos” universal que faz do universo um organismo estructurado, “cosmos” e non “caos”, e apresentara-o como um princípio imanente, presente em todas as cousas e non exterior a elas. De acordo com a versón panteísta estoica da existência, non há seres individuais autónomos, tudo pertence organicamente a um conxunto superior. Cada ser humano, cada planta, cada animal e cada obxecto físico som modificaçóns qualitativas da combinaçón dos princípios activo e passivo. A tarefa da filosofia é, pois, a de mostrar a pertença de tudo o que é particular àquilo que se considera o xeral orgânico, e o sábio é o home capaz de detectá-la. A especificidade do sábio estoico, como xá observámos, é a de que compreende a materialidade. a “fisicidade” ou corporeidade de tudo aquilo que é racional ou, por outras palabras e adoptando um ângulo diferente, vê o desígnio racional em tudo aquilo que é físico. Non se refere a universos transcendentes, nem adopta o despreço platónico relativamente à percepçón sensíbel. O sábio estoico sabe que o princípio activo (o fogo primordial) contém as formas activas e materiais de tudo o que existe, das quais derivam as cousas individuais. A metafísica funde-se assim com a física. Unha parte do vapor do fogo transforma-se em ar deste forma-se a água, que, em parte, orixina a terra, em parte, mantém-se como água e, em parte, converte-se em ar, que, através da rarefaçón, acaba por transformar-se em fogo elementar. O modelo de universo estoico é o de unha esfera cósmica repleta de “pneuma” (como xá mencionámos, um composto de fogo e ar) que liga o centro e a circunferência, e em que todos os constituintes tendem a deslocar-se na direcçón centro, mas acabam retidos polo elemento coesor do “pneuma”. Se os epicuristas proponhem um modelo de universo onde existem partículas discretas e vazio, os estoicos, polo contrário, concebem unha continuidade onde non resta espaço vazio. Este apenas existe fora do universo, que é finito, e non no seu interior. No interior existe “pneuma e logos”. O universo e a intelixência som “coextensivos”
J. A. CARDONA