
Foi em 1848, a favor da revoluçón de Febreiro e polos esforços de M. Schelder, director de colónias entón e actual senador permanente, quando os negros da Martinica e da Guadalupe se emancipárom. Mas o verdadeiro antagonismo, a luta terríbel entre os brancos, reducidos a um número insignificante, e a xente de côr, estalhou em 1870, quando a revoluçón do quatro de Septembro fixou o sufraxio universal como base do novo organismo polítido da França. Os brancos, descendentes dos senhores feudais do pasado, donos das capitais, dos senhores feudáis do passado, donos das capitais, da força inicial, da cultura, pretenderom, dirixir a masa obscura e tratá-la, pouco mais ou menos, como nas nossas pampas trata o “estanciero” aos gauchos, em tudo o que à política se refere. Mas, foi entón quando apareceu o grémio terríbel dos mulatos, zambos e quarterones, herdeiros dos maus instintos das duas razas que representam, e habendo bebido nas escolas o barniz de ilustraçón necessária para fundar xornais incendiários e proclamar nas praças públicas, diante de um auditório imbécil e fanático, o exterminio dos antigos senhores. Na actualidade, todos os diputados às Cámaras francesas por parte da Martinica, Guadalupe e a Guayana, son mulatos; mas a luta social circunscribíu-se à Martinica. É à morte: o branco non tem mais garantias que a guarniçón militar, enviada da metrópole, e o seu valor pessoal, que o fai respeitábel. Fai dez anos que os brancos, únicos proprietarios territoriais, únicos industriais, únicos homes de progreso na ilha, non se acercam às urnas. Non tenhem voz, nem voto, como durante vinte anos non o tivérom os homes honrados da circunscripçón de Nova York. Vingam-se com altivêz, com o seu orgulho desmedido. O xefe de um dos buques da estaçón naval das Antilhas, era um perfeito cabaleiro, estimado, intelixente e bravo, mas home de côr; xamais pisou um salón de Fort-de-France ou de Saint-Pierre. Ese mesmo oficial françés, encontrando-se em La Habana, foi expulsado, de um café, do lugar destinado exclusivamente aos brancos. Os seus oficiais fixérom própria a causa, e esteve a ponto de rebentar um deplorábel acontecimento…
MIGUEL CANÉ