
A meádos do século IV, apareceu na Península, vindo da Galia aquitânia, onde tinha conseguido grande séquito, sobre tudo entre as mulheres, um exípcio chamado Marco, natural de Menfis e educado probabelmente nas escolas de Alexandría. Este Marco, (a quem em modo algúm há de confundir-se com outros gnósticos do mesmo nome, entre eles Marco de Palestina, discípulo de Valentino) era maniqueo e, ademais, teurgo e cultivador das artes máxicas. Derramou a sua doutrina, que foi catalogada como “mistura singular de gnosticismo puro e de maniqueísmo”, mas da qual ningunha notícia temos precisa e exacta. E só a poderíamos xulgar por inducçón sacada do priscilianismo. Atraíu Marco ao seu partido a diversas personáxes de conta, especialmente a um rectórico chamado Elpidio, dos que tanto abundabam nas escolas hispânas e também na Galia narbonense. Mas, sobre tudo, unha nobre e rica matrona chamada Agape. Foi muito destacado o papel das mulheres nas seitas gnósticas: recordemos a Helena de Simón Mago, a Philoumena de Apeles, a Marcellina dos carpocracianos, a Flora de Ptolomeo; e, ainda que saíndo do âmbito gnóstico, encontramos a Lucilla dos donatistas e a Priscilla de Montano. Fundarom Marco e Agape a seita chamada dos “agapetas”, quem (se temos de basar-nos nos brevíssimos e obscuros escrítos dos eclesiásticos) se entregabam nos seus nocturnos conciliábulos a abdominábeis excesos, de que tinha dado exemplo a mesma fundadora. Isto levaría a suspeitar que os “agapetas” eram “carpocracianos” ou “nicolaístas”, se por outra parte non constara a sua afinidade com os “priscilianistas”. Lonxe de estar confirmado, que todas as seitas gnósticas dexenerarom nos seus últimos tempos, até converter-se em sociedades secretas, com todos os inconvenientes e perígos anéxos a tais reunións. Entre os perígos e a murmuraçón dos profanos. ¡Qui male agit, odit lucem! Se os discípulos de Marco forom realmente “carpocracianos”, como se inclina a acreditar Matter, nada de extranho tem que seguíssem a “lei da natureza” e ensinássem que “tudo era puro, para os puros”. Isto é tudo quanto sabemos deles, e non vou a deturpar com conxecturas próprias, o silêncio dos antigos documentos.
MARCELINO MENENDEZ PELAYO