
Em “A Monadoloxia” expressará, quatro anos mais tarde, esta mesma ideia de forma taxativa e sucinta. E, pouco tempo depois, na sua correspondência com Clarke, para referendar que non som os princípios matemáticos, que se debem opor aos materialistas, recorda com unha linguaxem lóxico-matemática o que compilou na “Teodiceia” de unha forma mais popular: O grande fundamento da matemática é o “princípio de contradiçón” ou da identidade, ou sexa, que unha “enunciaçón” non poderia ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo, de forma que “A” é “A”, e non podería ser ao mesmo tempo “non A”. E este único princípio é suficiente para demonstrar toda a aritmética e toda a xeometria, ou sexa, todos os princípios matemáticos. Mas para passar da matemática à física, aínda é necessário outro princípio, como xá sublinhei na minha “Teodiceia”; é o “princípio da necessidade de unha razón suficiente”, ou sexa, de que nada acontece sem que exista unha razón que diga porque é que é assim em vez de ser de outra forma. Trata-se, entón, dos dous grandes princípios do nosso raciocínio que fundamentam tanto as ciências (desde a matemática até à física) como a metafísica e o nosso conhecimento da realidade, ou sexa, verdades que representamos através de “proposiçóns”. Mas enquanto o campo de aplicaçón do “princípio de contradiçón” som as essências, o “princípio de razón” tem validade para as existências, tal como escrebe na “Quinta Carta a Clarke”. Isto, como veremos, tem unha grande relevância, tanto na lóxica como na teoria do conhecimento, pois, embora em qualquer “proposiçón” verdadeira o “predicado” estexa contido “a priori” no suxeito, as proposiçóns que se referem às existências (excepto a de Deus, que é necessária) precisam de unha análise infinita para demonstrar esta inclusón. Assim, estas “proposiçóns” constituem o domínio das verdades de facto, que dependem do “princípio de razón”; por isso, este também se pode chamar “princípio da continxência” ou “da existência das cousas”.
CONCHA ROLDÁN