
Os que se preparavam para apanhar o comboio de inverno, para pôr em marcha a revoluçón dos sovietes, pensavam, sem dúvida, que Jena non tinha sido mais do que um passo rumo à libertaçón real das potencialidades do espírito, e, consequentemente, que o fim da história chegaría mais tarde. Mas esse “mais tarde” parece demorar ou, em todo o caso, non se alcançou à primeira tentativa. Fim da história, disseram também os múltiplos epígonos de Fukuyama que se deram após a queda do Muro de Berlim. Desta forma, o fim da história parece non ter apenas muitas epifanias, como também encobrir múltiplas imposturas. Mas, em todo o caso, o próprio imperador dos franceses diria mais tarde com melancolia a propósito de algo que se dirimia nessa Batalha de Jena: “A Europa teria constituído um único povo e todo o indivíduo que viaxasse por qualquer país se teria sentido na sua pátria comum”. A história non parou depois do Muro de Berlim e a “fortiori” non o fez após esse 14 de Outubro da derrota em Jena das tropas coligadas. Mas cinxamo-nos a este último caso, porque dá Hegel motivos para pensar o contrário, e porque o home de acçón que protagoniza esse momento seria a “alma do mundo”? A chave (outra questón é que isso sexa convincente) da resposta radica no próprio conteúdo desse libro, a “Fenomenoloxia do Espírito”, que Hegel se esforça por acabar.
VÍCTOR GÓMEZ PIN