
Resulta habitual distinguir entre um Gaulês Transalpino e um Gaulês Cisalpino, desde o ponto de vista romano. O primeiro, do outro lado dos Alpes, a França, Bélxica, Luxemburgo, grande parte da Suíça e parte da Holanda e da Alemanha. Em suma, o território constituído polas três partes referidas por César no início da Guerra das Gálias, para além da xá província romana da Narbonensis. O conxunto epigráfico desta fala, divide-se num “corpus galo grego e galo latino”, diferenciádos, como sería de esperar, pola adopçón e adaptaçón dos alfabetos grego e latino à sua língua. Existem também diferênças cronolóxicas e espaciais entre os dous conxuntos. Enquanto o primeiro é anterior ao século II a. C. e está situado principalmente na província de Narbonne (sendo o epicentro epigráfico na foz do Ródano), o segundo é mais septentrional e data do período cesariano, sobretudo nos séculos I e II d. C. Para além de perto de setenta lexendas monetárias galo-gregas, existem inscripçóns em metal, como a enigmática placa de chumbo de Eyguières, a da espada de ferro de Port (Suíça), a do vaso de prata de Vallauris (Alpes-Marítimos) e o torque de ouro de Mailly-le-Camp (Aube). Existem também numerosas inscripçóns em cerâmica e em pedra. A maior parte destas últimas, perto de quarenta, som epitáfios e em menor número, dedicatórias e algunhas inscripçóns públicas. No “corpus galo- -latino”, há perto de duzentas lexendas monetárias a mais do que no “corpus galo-grego”. Há inscripçóns em metal, como os calendários (fragmentários) em bronze de Coligny e do santuário de Villards-d’Héria, ou os chumbos de carácter máxico de Chamalières e Larzac. A cerâmica de La Graufesenque é famosa, tal como os azulexos de Châteaubleau. Som igualmente conhecidas inscripçóns em pedra, a maior parte das quais dedicadas a divindades.
CARLOS JORDÁN