
A carismática e multifacetada figura de José Ortega y Gasset (1883-1955) suscitou um grande número de opinións variadas e contrárias. Embora existisse quem non hesitasse em questionar a sua orixinalidade como pensador (como foi o caso de Nelson Orringer, ou do próprio Jorge Luis Borges, que atribuía ao espanhol unha carga estilística desnecessária), se há algo que distingue o nosso protagonista é o seu indubitábel esforço na procura do rigor próprio da filosofia no momento de pensar o nosso presente. Nas suas obras encontramos non só unha extensa e minuciosa análise das transformaçóns da Europa que teve que viver (a tán cheia de acontecimentos primeira metade do século XX), mas também a formulaçón de unha notábel metafísica. Ortega é, acima de tudo, um explorador das humanidades, que leva a cabo o seu estudo através de um vasto conhecimento e unha surprehendente cultura xeral. Grande parte do seu atractivo está na sua convicçón de que as questóns intelectuais também som, ao mesmo tempo, temas políticos. Para ser metafísico é preciso fazer de algunha forma “história”: a metafísica esconde um compromisso, quer se queira quer non, com unha determinada forma de observar o decurso histórico e o momento presente. Por este motivo, a filosofia esixe consciência de si e de tudo o que rodeia o suxeito pensante.
CARLOS JAVIER GONZÁLEZ SERRANO