
Conservamos fragmentos de quatro poetisas beocias ou do Peloponeso: Corina de Tanagra, Mirtis de Antedón, Telesila de Argos e Praxila de Sición. Delas, a mais importânte e enigmática foi Corina, cuxa obra está representada por troços significativos de três poemas que se conservam em fragmentos de papiros (654-55). Estes poemas, em dialecto beocio, parecem pola sua ortografía pertencer ao século III a. C., e non há referências a Corina em ningúm escritor anterior ao século primeiro a. C. Por outra parte, unha tradiçón tardía fai dela unha contemporânea de Píndaro. Se a dita tradiçón está no certo, presumibelmente non a reconhecerom os erudíctos alexandrínos a causa do carácter provinciano da sua linguáxe e da sua matéria temática, mas foi redescoberta e copiáda por razóns locais em Beocia durante o século III. A alternativa está em acreditar que de feito escrebeu no século III e que foi incorporáda muito mais tarde como décimo poeta ao canon helenístico de nove. Ainda hoxe aparecem divididos os estudosos, entre a primeira e a segunda data, (há unha tendência, especialmente em Inglaterra, a optar pola tardía) Non só as circunstâncias da alegada transcripçón som suspeitosas, senón que a referência ao voto secreto suxére familiaridade com unha instituiçón que, até onde sabemos, só se desarrolhou em Atenas a meiádos do século V. Plutarco, non obstânte, rexistra unha curiosa anécdota na qual aparece como mentor maior de Píndaro, e a Suda apressenta-a derrotando cinco vezes a Píndaro. Pausanias víu unha pintura em Tanagra que a descrebía no acto de ser coroáda pola sua victória sobre Píndaro. Non obstânte, estas lendas pudérom surxir em Beócia num momento de autoconsciência política e cultural do século III. A questón das datas de Corina continua por resolver. Non é completamente seguro que toda a poesía de Corina sexa coral, mas as referências a coros de raparigas no poema mais recentemente descoberto, suxére que probabelmente assim sexa. Na primeira parte do chamado papiro de Berlím, o texto mais longo, Corina descrebe um concurso de canto entre os Montes Helicón e Citerón.
P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)