
DIESTE, Rafael (Rianxo, Corunha, 1899-1981). Contista, autor teatral e ensaista, dono de unha prosa cuidada e a miúdo fermosa. Xornalista professional, passou muitos anos como colaborador do “El Pueblo Gallego”. De tendências radicais, foi director do teatro das “Misiones Pedagógicas” durante a República. Exiliou-se depois do golpe de estado franquista em París, Buenos Aires, Cambridge e Nuevo León, México. As suas melhores narraçóns están reunidas em “Historias e invenciones de Félix Muriel” (Buenos Aires, 1943; 1974) e os seus ensaios em “La vieja piel del mundo” (1936), “Luchas con el desconfiado” (Buenos Aires, 1948), “Nuevo tratado del paralelismo” (Buenos Aires, 1955) e “Pequeña clave ortográfica” (Buenos Aires, 1959). A principios dos anos sessenta, Dieste voltou à sua Galiza natal. A sua melhor obra teatral é “A fiestra valdeira”, escrita em galego no 1926 e publicada por primeira vez no ano seguínte. Obra simbolista de grande interesse, trata do regresso de Miguel a Galiza depois de ter feito fortuna no Brasil. Um retrato recente pintado por um xovem artista mostra-o no âmbiente da sua vida na América: rodeado de marinheiros no cais. A sua mulher e a sua filha, que som consciêntes da sua nova situaçón económica esíxem que ese fundo sexa modificádo. Os habitantes do lugar, suxérem comprar o quadro tal como está, mas, Miguel néga-se a vender unha obra que el mesmo encargou. E, corta o fundo do quadro, no qual se vê o mar e leva o pequeno pedázo. Ó final a mulher e a filha logran recuperar o fragmento que faltava.
OXFORD