
¡Que poucos, entre tantos miles de homes, som aptos para as ciências, incluso para unhas ciências como as que temos! Apenas um ou dous. E ningum com perfeiçón. Vou-o demonstrar. Quem haxa de saber algo perfeitamente tem que ser home perfeito. ¿Há alguém que o sexa? Mas temhámos em conta que debe sê-lo. Por certo, tú afirmas que em todos a alma é igualmente perfeita (aínda que ignoras a sua natureza, como o poremos de relevo noutro lugar), mentras que é o corpo a causa de que unhs sexán mais doutos, outros menos e outros nada. Sexa. ¿Será por ventura a nossa alma suficientemente perfeita para que o home poida saber algo com perfeiçón? Non; mas admitámos-lo. Em consequência, aquel cuxo corpo sexa menos perfeito, saberá com menos perfeiçón; o que o tenha mais perfeito, com mais perfeiçón; e o que o tivéra perfeitíssimo, com perfeiçón máxima. Do que tú afirmas parece inferir-se isto, sem dúvida, com maior razón que o contrário. Mas ¿a quem se lhe deu um corpo perfeito? A ninguém, aínda que grite algún médico. E se así fora, non lhe duraría mais que um instânte. Caso de que o negues, non o vou a probar agora; probarei-o noutra parte. Non obstânte, vou-che pedir algo, e sei que non mo vás a dar, pois ígnora-lo, ao igual que eu. Coincidindo com Galeno em chamar perfeitíssimo ao corpo que é muito equilibrado e muito belo. Agora bem: Galeno afirma que só o corpo equilibradíssimo (aínda que debería ser tído em conta a composiçón, por causa das acçóns instrumentais) produze operaçóns todas elas perfeitíssimas e, entre estas operaçóns, a inteleçón, da qual depende a ciência, obstenta a primacía. Mas isto também se apoia na razón. Houbo algúns médicos segundo os quais, para ser perfeito, o médico debe padecer todas as enfermedades, antes de que poida emitir um xuízo perfeito sobre elas.
FRANCISCO SÁNCHEZ