
Como pudémos ver no texto das “Partidas” e do “Concilio de Aranda”, xunto ao teatro relixioso mencionam-se outras representaçóns de tipo profano, das que se encontram também frequentes alusóns nas crónicas e textos lexislativos –aparte das disposiçóns mencionadas–; mas non conservamos peza algunha. Estas representaçóns som aludidas preferentemente baixo o nome de “juegos de escarnio”. Non sabemos exactamente em que pudérom consistir. O mais verossímil é que se tratára de escenas bufas, de pantomimas satíricas ou burlescas, dadas com frequência ao grosseiro e até ao inmoral, non só polo texto, senón também polos xestos, as cançóns e as actitudes dos representantes. Estes recebíam diferêntes nomes: histrións, remedadores e “facedores dos zaharrones”, e também simplesmente xuglares, o qual dá claramente a entender que forom estes mesmos em grande medida os que, ao mesmo tempo que difundíam os cantares de xesta, facíam o oficio de divertir às xentes com xogos, danças e representaçóns histriónicas. Admitida, sem dúvida possíbel, a difusón destes xogos de escarnio, prantéxa-se-nos o problema das suas oríxens. Para quem aceita como mais probábel um orixem litúrxico do teatro medieval, o teatro profano non foi senón a natural derivaçón para o secular daquel teatro litúrxico, bem por desarrolho dos abundantes xérmens de tal espécie que em si mismo encerrabam, ou bem polo exemplo que púido proporcionar para um teatro de índole profana. Temos que advertir, para que sexa debidamente entendido o seguinte, que non se trata, unha vez mais, de extender a Espanha os dactos comprobados noutras literaturas europeias e supor gratuitamente um paralelismo, que non pode apoiar-se em textos conhecidos nem em “evidência” algunha. Mas, qualquer que sexam as peculariedades dos diferêntes países, resulta muito mais poderoso todavía o substracto cultural que fai comúns a imensa maioría das prácticas da vida ordinária; por outra parte, sería ridículo soster que as diversas disposiçóns dos lexisladores, concilios, etc… limitabam-se a repetir mecânicamente textos estereotipados de séculos e ocasións remotas, sem conexón com a imediáta realidade; Habería que desautorizar miles de páxinas de história, apoiadas no testemunho de tais documentos. Claro está que resulta muito mais sinxélo e expedictivo aceitar o feito da ausência, na nossa história medieval, de textos de teatro profano, e proseguir o caminho sem mais explicaçóns. O sucedido noutros países pode axudar ao menos a tapar a nossa lacuna e dar maior ou menor verossimitude às hipóteses imprescindibeis. Neste caso concreto, se a presença dos mencionados “juegos de escarnio”, ou seus equivalentes, pode documentar-se como algo vivo em outras partes, é evidente que as mençóns dos nossos lexisladores non aludem a quimeras senón a concretas realidades.
JUAN LUIS ALBORG