
A senhora Kay (Jean Kay) era representada por um advogado chamado Joseph Goldstein, que, sob a administraçón Tammany, que antecedeu La Guardia na presidência da Câmara de New York, tinha sido maxistrado da cidade. No seu discurso, descreveu as obras de Russell como “lascivas, libidinosas, luxuriosas, venéreas, erotomaníacas, afrodisíacas, irreverentes, mentalmente estreitas, infiéis à verdade e carentes de fibra moral”. Mas non era tudo. Segundo Goldstein, “Russell dirixíu unha colónia nudista em Inglaterra. Os seus filhos apareceram nus. Ele e a esposa apareceram nus em público. Este home, que tem agora setenta anos, gosta de poesia procaz. Russell pisca o olho à homossexualidade. Iría mais lonxe e diria que a aproba.” Como se fosse pouco, Goldstein, que passara o seu escasso tempo a estudar filosofia, concluía com um veredicto sobre a qualidade da obra de Russell. O veredicto ruinoso diz o seguinte: “Non é um filósofo na principal acepçón da palabra; non é um amante da sabedoria; non é um pesquisador de sabedoria; non é um explorador desta ciência universal que aspira à explicaçón de todos os fenómenos do universo polas suas causas últimas; na opinión deste depoênte e de muitas outras pessoas, é um sofista; practica o sofisma; por ardis, truques e astúcias e por puras insignificâncias propôn argumentos falaciosos e argumentos que non se apoiam em raciocínios correctos; e extrai consequências que non se deduzem propriamente de premissas correctas. Todas estas alegadas doutrinas a que chama filosofia, non passam de fetiches e proposiçóns baratas, ordinárias, gastas e requentadas, orientadas polo propósito de confundir as pessoas.”
(PAUL EDWARDS, “APÊNDICE. COMO SE IMPEDIU QUE BERTRAND RUSSELL ENSINASSE NO COLLEGE OF THE CITY OF NEW YORK”, EM PORQUE NON SOU CRISTÁN.)