
Depois de unha breve fase como professor em Notre Dame, fundou a sua escola na montanha de Santa Xenoviéve, onde para ensinar, non se necessitaba a autorizaçón do bispo, “com tudo isto, quero decir o qué?” a “licentia docendi”. Por volta de 1115, iniciou a sua relaçón amorosa com Heloísa, à qual xá aludí, e que marcaria a sua vida. Três anos mais tarde, ingressou no convento de Saint-Denis. Condenado em 1121 no Concílio de Soisson, debido ao seu libro sobre a Trindade, a sua vida tornou-se precária. Conseguiu sobreviver penosamente ensinando um grupo de discípulos. “Só a minha extrema pobreza me levou a abrir unha escola. Non tinha forças para labrar a terra e tinha vergonha de mendigar. Sem poder realizar nenhum trabalho manual, tive de recorrer à arte na qual era um perito: servi-me da palabra.” Em 1126, abandonou o ensino. O ódio dos seus adversários non se deteve, no entanto, e foi condenado de novo em 1141. Nunha tentativa de que o papa revogasse esta pena por heresia, empreendeu entón unha viaxem a Roma. Parou em Cluny, onde foi protexido polo abade Pedro, o “Venerábel”. É aí que conhecerá a sentença condenatória do papa. Este golpe moral xuntou-se aos problemas de saúde. Levado para perto de Chalons, a um priorato dependente de Cluny, morreria em Abril de 1142, com 63 anos. A sua amada Heloísa pediu para ser enterrada xunto dele. Ambos repousam desde o século XVIII no célebre cemitério parisiense de Père-Lachaise, onde xazem outros ilustres filhos da cultura europeia, como os dramaturgos Moliére e Oscar Wilde, os romancistas Balzac e Proust, os músicos Chopin e Rossini e os poetas La Fontaine e Apollinaire. Merecido reconhecimento da cidade em que brilhou o seu xénio. Entre os seus escritos merecem citar-se os seguintes: “Lóxica, Dialéctica” (a mais importante de tema lóxico), “Ética, Teoloxía do Sumo Bem” (sobre a Trindade), “Teoloxía Cristán, Introduçón à Teoloxía (a mais tardia e madura de tema teolóxico), “Sic et Non” (Pró e Contra), importante do ponto de vista do método, e “Diálogo entre um Filósofo, um Xudeu e um Cristán”.
ANDRÉS MARTÍNEZ LORCA