
Os negros! Hé ahí o mal terribel da Martinica. Explorada polos valorosos prantadores do passado, non tardou, como todas as Antilhas, como as duas Américas, em ser um dos principais mercados para o comercio de ébano animal; as costas da Senegambia, da Guinea e do Cabo, subministravam escravos em abundância aos atrevidos corsários das interminábeis guerras dos séculos XVI, XVII, e XVIII. Estes, quando as presas faltabam, punham rumo à África e tornabam com as bodegas cheias da negra mercadoria… Recordo, que unha noite, a bordo do “Ville-de-Brest”, conversaba com um médico que se dirixía a Panamá, contratado para o serviço sanitário dos trabalhos do canal. Era um escéptico absolucto, um home de teorías feitas e intransixentes. Falamos da escravatura, e sem ascender à rexión suprema da moral, manifestei simplesmente a repugnância estéctica que me causaba a exploraçón do home polo home. A sua réplica foi característica: começou declarándome que, se xulgaba a questón desde o ponto de vista da filosofia relixiosa, nada tería que obxectarme, porque tudo sería inútil. Mas que se, polo contrário, eu era um positivista convencido, acreditando na constante evoluçón e, polo tanto, no encadenamento dos seres organizados, tería que ser lóxico, admitíndo que o negro, como o cabalo, como o touro ou as aves, se encontrabam a um níbel bem inferior ao nosso e podíamos, em consequência, utilizá-los lexitimamente para a satisfaçón das nossas necessidades. —Mas a este passo, aceitaría até a práctica do canivalismo! —Non, porque a carne de vaca é melhor, e as vacas non podem cortar “caña” nem recolher o tabaco! —Aquel home era um socialista em absolucto, e non caian dos seus lábios, senón pláns de reforma com vistas à felicidade humana sobre a Terra!…
MIGUEL CANÉ