
A VIDEIRA TINTA RORIZ, TEMPRANILLO OU ARAGONÊZ.
É a variedade clave, da maioría dos grandes vinhos tintos espanhois e portuguêses. Como os “riojas”, os “Ribera del Duero”, os “manchegos” e os bons tintos da Catalunha. E em Portugal, os grandes vinhos do Douro e do Alentejo. Ao amador, pode recordar-lhe um pouco os aromas e o sabor da “pinot-noir” da Borgonha. De todas maneiras, o sabor de um bom “rioja”, resulta inconfundíbel.
LUGARES ONDE SE PODE ENCONTRAR.

O accidentado val do Douro, é unha das rexións de vinhedos mais impresionantes da terra. Mas, durante décadas, até ao século XXI, só um vinho sem fortificar destacou internacionalmente: o “Barca Velha”, elaborado por Fernando Nicolau de Almeida, durante a década de 1950, em Ferreira. Utilizam-se pequenas parcelas de vinhedo de grande altitude, para dar frescura e complexidade à mistura. Som seleccionádas as melhores uvas de vinhedos de primeira qualidade, que envelhecem em barricas pequenas de roble novo, entre doze a dezoito meses, ademais de um tempo em garrafa, antes de ser comercializádos. Normalmente, seis anos depois da vindima. As saídas ó mercado som raras e somente forom vendidas quinze colheitas. O de 1999, com sabores de fruta negra gloriosamente frescos e concentrados. Aromas recubertos de cedro e vainilha debído à maduraçón em madeira, com toques florais e de chocolate. Grande concentraçón e profundidade no paladar, equilibrados por unha delicada elegância, raramente vista em vinhos tán potentes.
.

O Convento da Cartuxa, em Portugal, foi fundado em 1587 e passou a ser propriedade particular em 1834. Foi ocupado por xornaleiros depois da “Revoluçón dos Cravos” em 1974, mas posteriormente caíu num estado de total abandono. Mais tarde, unha vez devolta a propriedade aos donos do vinhedo, forom acondicionados por completo. O melhor vinho que produzem estas antigas adegas desde 1987, foi sem dúvida o “Pera Manca”, que xa se consideraba um caldo famoso, antes da apariçón da filoxera. O vinho só se comercializa nos melhores anos, e a colheita de 1995 foi unha das de maior êxito; dela emana força e riqueza, com unha intensidade agridoce, próxima ao chocolate, comparábel ao “Vintage Port”. O cabernet penetra no aroma, e o sabor a groselha negra matiza o denso sabor a cereixa marrasquina e passas. o vinho desarrolha com a idade um carácter em certo modo selvaxem, com toques de sabor requeimado. O “Pera Manca”, alcança uns preços muito elevados, e converteu-se rapidamente no “Barca Velha” do Alentejo.
.

As bases da criaçón da bodega mais antiga da Rioja estabelecerom-se em 1825, quando forom prantadas as primeiras vinhas nos campos de Ygay. Em 1852, Luciano Francisco Ramón de Murrieta, último marqués de Murrieta, iniciou o negócio. Em 1878, adquiríu as terras de Ygay. Conta com cento oitenta hectáreas de vinhedo, quatorze mil barricas de roble norteamericano e unha reserva de três milhóns de garrafas, que envelhecem nas bodegas. O vinho chama-se “Château Ygay”, mas passou a denominar-se “Castillo Ygay”. Somente se produzia como “Gran Reserva Especial” nas melhores colheitas. Alberga boa côr e boa extructura, com suficiente alcohol e acidez como para envelhecer durante muito tempo. A colheita de 1959 foi engarrafada em Maio de 1986, trás seis meses nunha cuba e vintiseis anos em roble norteamericano. Depois mais seis anos e meio descansando engarrafado na bodega, antes de pôr-se à venda em 1991. O seu matiz alaranxado revela a idade do vinho. Nariz limpa e fresca, com aromas de roble e vainilha, que suxérem madeiras secas de forma adequada e um núcleo de cereixa. Apresenta unha boa extructura e aromas penetrantes.
.

“Vega Sicilia” é a bodega mais prestixiosa das Espanhas. Mas, por muito boa que fora a colheita de 1970, os vinhos caros non se vendían muito em Espanha nesse momento, e só se engarrafabam por encargo. O “Único” de 1970, foi trasegádo infinidade de vezes a cubas de cemento, grandes depósitos de roble ou barricas. Non obstânte, o entón xovem enólogo Mariano García desvivíu-se para manter as barricas cheias com o fim de evitar ao máximo a oxidaçón para perservar a fruta e minimizar a acidez volátil e certo ar a “Porto”, que constituía o selo característico do “Vega Sicilia Único”. Foi lanzado ao mercado vinticinco anos depois da colheita, e as garrafas de litro e meio non se venderom até 2001, ainda que había quem pensaba que non era o momento xusto para bebêlo. Pola sua imáxem, cheiro e sabor, resulta impossíbel adivinhar a sua idade, porque continua parecendo novo. Côr escura, perfume embriagador, textura aveludada, fresco e limpo, suáve, intenso, equilibrado, elegante, complexo, puro, bem perfílado, profundo e longo. A perfeiçón! Comprehende-se, porque o nosso amigo Ilha afirmaba, que os homes a partir dos quarenta anos, só se namorabam dunha garrafa de vinho!
LÉRIA CULTURAL